Libertações não reduziram política repressiva em Cuba, acusa grupo em Miami
Miami, 14 jan (EFE).- O grupo anticastrista de Miami, Diretório Democrático, denunciou nesta quarta-feira que a libertação de 53 presos políticos cubanos “não constituiu mudança alguma na natureza repressiva do regime” de Cuba.
“As libertações não significam uma mudança na política repressiva, nem em suas leis, pois o governo cubano continua instigando atos de repúdio contra os dissidentes e mantém as detenções arbitrários, os espancamentos e as detenções”, acusou o Diretório Democrático em comunicado no qual mencionou a recente prisão da artista Tania Bruguera.
Como parte do acordo de reaproximação entre Estados Unidos e Cuba, os EUA tinham solicitado a libertação de 53 presos políticos, uma lista elaborada pela Casa Branca que foi divulgada somente nesta segunda-feira, depois de todos eles já terem sido soltos.
Mas o Diretório Democrático sustentou que essa medida não pressupõe uma flexibilização da lei penal cubana, que ainda aplica “normas tão repressivas como a Lei 88 e a de Periculosidade para manter o controle totalitário”.
“Enquanto estas leis continuarem vigentes no código penal cubano”, a dinâmica do Estado em relação à sociedade é “repressiva”, assinalou o advogado Juan Carlos González Leyva, presidente do Conselho de Relatores de Direitos Humanos de Cuba.
Leyva ressaltou, nessa linha, que “o regime de Castro não se comprometeu publicamente e em nenhum momento a nenhuma mudança real, nem de respeitar os direitos humanos e as liberdades públicas”. EFE
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