Libertados pelas Farc explicam sequestro a ministro da Defesa
Bogotá, 30 nov (EFE). – O general Rubén Darío Alzate, o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego, libertados neste domingo pelas Farc, explicaram ao ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, e ao comando militar as circunstâncias que rodearam seu estranho sequestro em 16 de novembro.
O Ministério da Defesa divulgou no Twitter uma imagem na qual os três libertados podem ser vistos junto a Pinzón e membros da cúpula das Forças Militares, presumivelmente na base aérea de Rionegro, onde o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) os entregou ao meio-dia.
Embora ainda não tenham sido fornecidos detalhes, a foto representa que os pormenores do sequestro, ocorrido em Mercedes, em uma remota zona do departamento (estado) de Chocó (noroeste), a mesma região na qual hoje foram libertados, estão sendo analisados.
A presença de Pinzón concede relevância a um encontro que vai além da mera cortesia por eles. Gesto semelhante não foi visto na última entrega de sequestrados das Farc, que liberaram na terça-feira dois soldados recebidos pelo o vice-ministro da Defesa, Jorge Enrique Bedoya. Nessa ocasião, o ministro e o general Rodríguez Barragán visitaram posteriormente os soldados no Hospital Militar Central em Bogotá.
O sequestro do general Alzate abriu a pior crise do processo de paz com as Farc, pois deu lugar a que, por sua alta patente, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ordenasse a suspensão dos diálogos de paz que são mantidos há dois anos em Havana.
Após a decisão, o país começou a fazer perguntas que, agora, espera sejam respondidas o quanto antes. A mais urgente delas é sobre como ser possível um general de uma unidade anti-guerrilha entrar sem proteção em uma zona onde as Farc são especialmente fortes.
Alzate, além disso, não avisou às autoridades locais de sua presença na região, à qual foi vestido como civil e sem os seguranças que devem acompanhá-lo sempre.
Espera-se que, com o término da reunião, os três recém-libertados sejam transferidos a Bogotá e, posteriormente, levados ao Hospital Militar Central para passar por uma bateria de exames. EFE
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