Líbia: um mês de enfrentamentos em Benghazi já deixou 340 mortos
Trípoli, 15 nov (EFE).- Pelo menos 340 pessoas morreram, entre civis e militares, e centenas ficaram feridas desde o começo da ofensiva do general rebelde Jalifa Hafter contra milícias islamitas há um mês na cidade de Benzaghi, informaram neste sábado à Agência Efe fontes médicas.
Hafter, que em teoria é apoiado pelo Egito e Emirados Árabes (embora esses países oficialmente neguem isso) tenta desde meados de outubro tomar o controle da cidade, em mãos das forças islamitas desde o mês de julho.
Por outro lado, uma fonte próxima às forças islamitas de Fayer Líbia (Amanhecer da Líbia), indicou à Efe que a cidade de Kikla voltou parcialmente à calma depois dos violentos enfrentamentos entre milícias rivais na zona de Al Qauarish.
A fonte disse à Agência Efe que a situação em Kikla é trágica, especialmente com a falta dos serviços de saúde.
Segundo uma fonte médica desta cidade, pelo menos oito pessoas morreram nos dois últimos dias e outras 15 ficaram feridas, por isso que o número de vítimas já chega a 190 mortos e 610 feridos desde o início dos enfrentamentos em Kikla, em 11 de outubro.
A Líbia vive uma profunda crise institucional e de segurança que aumentou após a decisão do Tribunal Supremo de invalidar o parlamento de Tobruk, eleito nas eleições de 25 de julho e que estava reconhecido pela comunidade internacional.
A crise da Líbia se remonta à queda do antigo regime de Muammar Kadafi, em 2011, já que desde então as autoridades provisórios fracassaram em seu objetivo de restabelecer a ordem e a segurança no país, o que reforça às milícias locais que tentam em muitas ocasiões impor sua vontade pela força. EFE
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