Líder da Irmandade Muçulmana é condenado à morte com mais 13 pessoas no Egito

  • Por Agencia EFE
  • 16/03/2015 16h31

Cairo, 16 mar (EFE).- Um tribunal do Egito condenou à morte nesta segunda-feira o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, e outros 13 islamitas pela formação da “sala de operações de Rabaa al Adauiya” para fazer frente às autoridades.

Os expedientes dessas 14 pessoas foram remetidos ao mufti Shauqi Alam, a máxima autoridade religiosa do Egito, para que emita sua sentença não vinculativa, informou a agência oficial “Mena”.

A Corte Penal de Gizé ditará no dia 11 de abril sua decisão definitiva neste caso, no qual os islamitas são acusados de dirigir operações para enfrentar às autoridades depois do desmantelamento dos acampamentos de protestos nas praças Rabaa al Adauiya e Al Nahda, no Cairo, em agosto de 2013, e propagar o caos no país.

Badie, assim como outros dirigentes da Irmandade Muçulmana, já tinha sido condenado à morte em outros casos por incitação da violência e envolvimento em distúrbios.

Os 14 citados fazem parte de um total de 35 processados neste caso. As sentenças dos réus restantes serão conhecidas na sessão do dia 11 de abril.

Outros integrantes do alto escalão da Irmandade Muçulmana condenados à morte neste caso são Mohammed Gazlan, Mustafa al Ganini e Saad al Hosseini, todos membros do executivo da organização.

Centenas de pessoas foram condenadas à morte no último ano no Egito em grandes julgamentos que as organizações de direitos humanos criticaram por não respeitarem os princípios de um processo justo e pela gravidade das penas, entre outros motivos.

Alguns dos casos mais polêmicos ocorreram na cidade de Al Minia, ao sul do Cairo, onde centenas de islamitas foram sentenciados à pena capital, entre eles Badie, em poucos meses.

Nenhuma dessas penas tinha sido aplicada até 7 de março, quando um islamita foi executado na forca após ser condenado por assassinato durante os protestos pela derrubada do presidente Mohammed Mursi, em julho de 2013.

Desde o golpe militar contra Mursi, líder da Irmandade Muçulmana, as autoridades perseguiram os simpatizantes, integrantes e líderes do grupo, que também foi declarado como uma organização terrorista. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.