Líder da OLP acusa Israel de provocar “guerra santa” com ataques em mesquitas
Jerusalém, 14 set (EFE).- A líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hanan Ashrawi, acusou Israel de provocar “uma guerra santa global” com seus ataques ao complexo que abriga a Mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém Oriental.
A Polícia de Israel voltou a entrar nesta segunda-feira, pelo segundo dia consecutivo, na Esplanada das Mesquitas, onde ocorreram vários confrontos com jovens muçulmanos que tentavam impedir a presença de visitantes no local sagrado com o lançamento de pedras.
De acordo comunicado divulgado pelo Departamento de Cultura e Informação da OLP, comandado por Ashwari, ela analisou os últimos eventos da Esplanada dos Ministérios com o cônsul-geral do Reino Unido em Jerusalém, Alastair McPhail, na sede da organização, em Ramala.
“Israel está brincando com fogo. Claramente, Israel está criando de forma deliberada e provocando uma situação de instabilidade, insegurança e violência. Desta maneira, está aumentando seu poder com o emprego da força e o controle da segurança em previsão da total anexação e transformação de Al Haram Al Sherif (Nobre Santuário)”, afirmou a líder da OLP.
“Ao impor sua própria versão de seu conceito de Monte do Templo sobre o terceiro lugar mais sagrado para o Islã, Israel não só provoca os palestinos, mas sim todo o mundo muçulmano”, acrescenta o comunicado.
Israel e o povo judeu consideram a esplanada que abriga as mesquitas, chamada por eles de Monte do Tempo, como o local mais sagrado do judaísmo por ser o local de dos bíblicos templos de Jerusalém, a frente do Muro das Lamentações.
Os israelenses ocupam Jerusalém Oriental e a cidadela antiga desde 1967, local onde se encontram os principais santuários cristãos, muçulmanos e judeus da cidade.
A dirigente palestina pediu à comunidade internacional, incluindo os países árabes e muçulmanos, a intervir imediatamente antes que Israel “consiga desencadear uma guerra santa global”.
Pelo segundo dia consecutivo as forças israelenses entraram no complexo que abriga a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al Aqsa.
No domingo, elas tomaram o controle da região e foram recebidas por pedras e rojões lançados pelos palestinos. Os agentes responderam com gás lacrimogêneo, provocando dezenas de feridos, a grande maioria por asfixia.
Os incidentes foram duramente criticados pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e pelo rei da Jordânia, Abdullah III. EFE
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