Líder da oposição venezuelana é condenado a 13 anos e 9 meses de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 11/09/2015 02h18

Caracas, 10 set (EFE).- O político opositor venezuelano Leopoldo López foi condenado nesta quinta-feira a 13 anos e nove meses de prisão em decisão de um tribunal de primeira instância, informaram fontes de seu partido, o Vontade Popular (VP), e seu advogado, Roberto Marrero.

“Terminou a audiência e a juíza Barreiros sentenciou Leopoldo a 13 anos, nove meses e sete dias na prisão de Ramo Verde”, disse Marrero em seu perfil do Twitter.

Assim, López pegou a pena máxima para os crimes dos quais era acusado: incitação à violência, formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio, todos relacionados com os atos violentos ocorridos no final de uma manifestação antigovernamental convocada por ele e outros políticos no dia 12 de fevereiro de 2014, que terminou com três mortes.

López cumprirá pena na prisão militar de Ramo Verde, próxima da capital Caracas, onde é mantido sob custódia desde que se entregou à Justiça em 18 de fevereiro de 2014.

Além de López, os jovens Christian Holdack, Demian Martín e Ángel González, réus no mesmo processo, foram sentenciados a dez anos, que cumprirão em liberdade condicional.

“Eu sabia que seria condenado, porque isto é uma ordem. Ao menos não saio algemado” disse Holdack ao deixar a sala do Palácio de Justiça, onde aconteceu a audiência.

Vários nomes importantes da oposição venezuelana reagiram à decisão da Justiça. Luis Florido, dirigente nacional do VP, pediu “muita força” para todos os seguidores de López após esta “sentença injusta, ilegal e inconstitucional”.

Já Henrique Capriles, candidato derrotado duas vezes nas eleições presidenciais e governador do estado de Miranda, escreveu no Twitter que “a Justiça venezuelana está podre. Hoje, entendemos que o caminho para a liberdade de Leopoldo, e de todos os outros, começa no dia 6 de dezembro”, em referência às eleições parlamentares.

A ex-deputada María Corina Machado, líder do movimento Vente Venezuela, também não poupou críticas à decisão da Justiça ao assinalar nessa mesma rede social que “este regime criminoso condenou um homem inocente sem uma única prova”. EFE

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