Líder de milícia mexicana é detido junto com 82 civis armados

  • Por Agencia EFE
  • 28/06/2014 04h35
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Morelia (Michoacán), 27 jun (EFE).- José Manuel Mireles, um dos líderes das milícias do estado de Michoacán, no oeste do México, que não participou do processo de legalização desses grupos, foi detido nesta sexta-feira no município Lázaro Cárdenas junto com outras 82 pessoas por portar armas de uso exclusivo do Exército, confirmaram fontes oficiais.

A captura foi realizada nesta sexta-feira por tropas federais em “auxílio das forças estaduais”, disse à Agência Efe uma fonte da Secretaria de Governo.

A Promotoria de Michoacán informou que a operação aconteceu no povoado de La Mira “por violação da Lei Federal de Armas de Fogo e Explosivos”.

Lembrou através do Twitter que o acordo alcançado pelas milícias de autodefesa e o comissário especial para Michoacán, Alfredo Castillo, “determinava que qualquer civil que estivesse armado e não pertencesse à Força Rural seria detido”.

Em maio deste ano foi iniciada a legalização dos grupos de civis, que recorreram às armas em fevereiro de 2013 para enfrentar o cartel dos Cavaleiros Templários, com sua incorporação à Força Rural, sob o comando da Secretaria de Segurança de Michoacán.

Mireles, um médico que ganhou notoriedade em 2013 após se tornar o porta-voz das milícias, não se registrou no processo de legalização e continuou operando em diferentes municípios de Michoacán.

O líder foi detido hoje quando planejava se reunir com moradores para formar um Conselho Popular para combater os Cavaleiros Templários.

Com os detidos foram confiscados mais de 50 rifles, escopetas e pistolas de diferentes calibres, assim como uma dúzia de veículos.

Mireles foi uma das figuras mais visíveis das milícias de autodefesa de Michoacán até que sofreu um acidente aéreo em dezembro e ficou à margem do movimento durante sua recuperação.

Em abril, o médico começou a recuperar sua notoriedade, mas no início de maio foi destituído como porta-voz das milícias por um grupo que Mireles acusou de servir aos interesses dos criminosos.

Desde janeiro, o Governo Federal interviu nessa região do oeste do México, enviando milhares de soldados e policiais, para fazer frente aos cartéis do narcotráfico, tomando o lugar do estado e dos municípios em muitas funções de segurança. EFE

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