Líder democrata do Senado dos EUA apoiará pacto nuclear com o Irã
Washington, 23 ago (EFE).- O líder da minoria democrata no Senado dos Estados Unidos, Harry Reid, manifestou neste domingo seu apoio ao acordo nuclear alcançado com o Irã, o que representa um alento para o presidente Barack Obama, que necessita do respaldo do Congresso para que o pacto siga adiante.
“Após anos de análise e meses de estudo do plano de ação integral conjunto e do acordo prévio, apoio este acordo porque acredito que é a melhor maneira para evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear”, disse Reid em comunicado.
O líder dos democratas na câmara alta foi um grande defensor dos interesses de Israel historicamente, e sua influência entre sua bancada pode ser fundamental para que Obama obtenha o apoio que necessita entre os seus e o acordo seja aprovado nos EUA.
“O acordo nuclear é congruente com as maiores tradições da liderança americana. Farei todo o possível para apoiar este acordo e assegurar que os Estados Unidos cumpra sua parte com nossos aliados e o mundo para evitar um Irã com armas nucleares. Votarei contra a resolução de desaprovação e insto meus colegas a fazer o mesmo”, acrescentou.
Em uma longa nota, Reid reiterou que “garantir a segurança de Israel é de suma importância” para ele, e destacou crer firmemente em que dito acordo é “a melhor opção para parar o programa de armas nucleares do Irã e assim proteger Israel”.
Ao contrário de Reid, o senador democrata Charles Schumer, que pretende sucedê-lo à frente dos democratas quando o primeiro terminar seu último mandato, manifestou sua oposição ao acordo, assim como seu companheiro Robert Menéndez.
O governo de Obama necessita que grande parte dos democratas se neguem a votar a favor de uma resolução que tombaria o pacto, e que, se obter dois terços dos votos das duas câmaras, não poderia ser vetada pelo presidente.
O pacto histórico, alcançado no mês passado entre Teerã e Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, China, França e Alemanha, pararia o programa nuclear iraniano em troca de um alívio das sanções que pesam sobre a República Islâmica.
O Congresso americano, de maioria republicana nas duas câmaras, debaterá a resolução contra o pacto quando os legisladores voltarem ao trabalho em 8 de setembro após o recesso de agosto. EFE
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