Líder do Senado dos EUA vê aprovação de embaixador em Cuba “pouco provável”
Washington, 2 jul (EFE).- O líder da maioria do Senado dos Estados Unidos, o republicano Mitch McConnell, afirmou nesta quinta-feira que é “pouco provável” que sua bancada apóie a confirmação de um embaixador americano em Cuba, apenas um dia depois de os dois países anunciarem a abertura de suas embaixadas após mais de 50 anos.
“Estou custando a entender o que é que conseguimos com isso, sabem? Poderia pensar que a normalização de relações com Cuba viria acompanhada de alguma modificação de seu comportamento”, disse McConnell em discurso a empresários no estado que representa no Congresso, o Kentucky.
“Mas não vejo nenhuma mostra em absoluto de que vão mudar seu comportamento. Portanto duvido que vamos confirmar um embaixador, é provável que não precisemos de um”, acrescentou.
McConnell declarou que Cuba tem “um regime assassino” e que o país é “um paraíso para os criminosos” que fogem da Justiça americana.
Desde o anúncio da retomada das relações com Cuba, em dezembro do ano passado, muitos republicanos se mostraram reticentes à guinada aberturista do governo do presidente Barack Obama em relação a Havana e estão tentando pôr impedimentos ao avanço das negociações.
Um dos aspectos onde podem incidir mais no Congresso, onde agora os republicanos têm maioria nas duas câmaras, é justamente na confirmação do embaixador.
Cuba e Estados Unidos anunciaram ontem o restabelecimento de suas relações diplomáticas a partir de 20 de julho, após mais de meio século de desavenças. Obama pediu ao Congresso americano para que atue o mais rápido possível para suspender o embargo sobre a ilha. EFE
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