Líder do Syriza pede maioria absoluta para eleições de domingo na Grécia
Atenas, 22 jan (EFE).- O líder da coalizão esquerdista Syriza, Alexis Tsipras, pediu nesta quinta-feira, no comício de final de campanha em Atenas, o respaldo do eleitorado para garantir a maioria absoluta nas eleições do próximo domingo e assim devolver à Grécia “a autonomia na Europa”.
“Uma maioria absoluta do Syriza trará consigo a autonomia da Grécia na Europa. Necessitamos da maioria absoluta para assegurar a salvação social e para restaurar a dignidade”, disse Tsipras em um grande ato eleitoral realizado na praça de Omonia.
No ato estiveram presentes vários líderes da esquerda europeia, entre eles, o secretário-geral do partido espanhol Podemos, Pablo Iglesias, e o secretário-geral do Partido Comunista francês e presidente da Esquerda Europeia, Pierre Laurent.
Tsipras, cujo partido lidera as enquetes com uma vantagem frente aos conservadores da Nova Democracia de entre 4,5% e 8%, afirmou que a partir de domingo “começa uma nova era”, que trará “não só uma vitória do Syriza, mas um triunfo histórico de nosso povo, um povo que derrotará o medo e a dor e formará uma nova união nacional”.
O líder esquerdista garantiu ainda que um governo dirigido pelo Syriza acabará com o “partidarismo do passado”, com as “patologias que levaram à crise”, como a corrupção e o clientelismo dos partidos tradicionais.
“A partir de segunda-feira acabamos com a humilhação nacional e com as ordens do estrangeiro”, declarou Tsipras para acrescentar que a tarefa que espera o novo governo é “difícil” e necessita, sobretudo, de “honestidade, decisões claras e posições claras”.
Por fim, Tsipras assegurou que o Syriza está preparada para assumir o governo, pois tem “uma visão”, mas também “um plano”.
“Temos a visão para nosso país como de um país de direito, de uma sociedade aberta às diferenças, com igualdade de oportunidades para todos, independentemente de sua origem, religião, sexo ou orientação sexual. Temos a visão que nosso país voltará a ser o berço da cultura e a criatividade”, concluiu. EFE
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