Líder dos houthis ameaça responder a ofensiva da Arábia Saudita
Sana, 19 abr (EFE).- O líder do movimento xiita rebelde no Iêmen, Abdul Malik al Houthi, advertiu neste domingo que seu grupo “não se renderá” e ameaçou “responder à agressão saudita” quando considerar conveniente, segundo um discurso televisionado.
Houthi afirmou que os bombardeios da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita contra as posições do grupo rebelde no Iêmen são “uma agressão contra o povo iemenita” e alertou que seu grupo “responderá com todas as opções que têm, de acordo com as condições da batalha”.
Neste discurso, o segundo desde que começaram os ataques das forças árabes 26 de março, Houthi alertou que “o povo iemenita não se ajoelhará nunca”.
Além disso, qualificou a operação árabe contra os houthis de “criminosa e ilegítima”, já que, afirmou, “evidencia que o regime saudita é perigoso para o povo iemenita”.
Ele acrescentou que os Estados Unidos são o país que “suscitou a agressão” e acusou também a Israel de estar “encorajando e apoiando quem está levando a cabo esta operação”.
Já o porta-voz da coalizão, Ahmed al Asiri, em sua entrevista coletiva diária, garantiu que as forças árabes conseguiram destruir 80% dos armazéns de armas dos houthis e seus partidários, e celebrou que “não sobrou nenhum potencial militar para os rebeldes” no terreno.
Esta coalizão, que inclui os países do Golfo, Jordânia, Egito e Marrocos, declarou guerra aos rebeldes xiitas para tentar conter seu avanço rumo a Áden, onde o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi tinha estabelecido sua sede provisória após fugir de Sana, antes de se refugiar em Riad.
A capital foi tomada pelos rebeldes em setembro, o que agravou ainda mais a crise política do país e levou à renúncia em bloco do presidente e do governo.
A Arábia Saudita acusa desde o princípio do conflito armado a república xiita do Irã de estar armando e apoiando à insurgência houtie para desestabilizar a região do Oriente Médio. EFE
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