Líder dos houthis se compromete a continuar combates no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 20/09/2015 16h59

Sana, 20 set (EFE).- O líder do movimento rebelde xiita dos houthis do Iêmen, Abdul Malik al Houthi, se comprometeu neste domingo a continuar os combates contra as forças do presidente do país, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e a coalizão liderada pela Arábia Saudita.

“Não nos renderemos aos agressores, invasores e ocupantes”, afirmou Houthi em discurso de mais de meia hora retransmitido pela televisão.

Ele chamou os iemenitas a “resistirem para enfrentarem os invasores”.

“O que sacrificamos é muito menos do que podemos perder através da submissão”, continuou Houthi, que acrescentou que “o resultado da rendição seria catastrófico porque significaria a perda do país inteiro”.

O dirigente rebelde fez esse discurso pelo primeiro aniversário do que ele denominou de “revolução de 21 de setembro”, o dia em que suas milícias invadiram ano passado a capital, Sana.

Ele insistiu que a luta nas fileiras de seu movimento é “uma responsabilidade religiosa e uma guerra santa”.

Além disso, acusou a Arábia Saudita de liderar uma “coalizão do mal” junto com Estados Unidos e Israel.

Há pouco mais de uma semana o enviado especial da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Sheikh Ahmed, anunciou a intenção do governo e dos houthis, junto com seu aliado – o ex-presidente Ali Abdullah Saleh, de entabular conversas de paz.

No entanto, o Executivo anunciou dois dias depois que não participará das conversas de paz com os houthis se eles não cumprirem a resolução 2216 das Nações Unidas, que exige a retirada dos insurgentes das áreas conquistadas.

O Iêmen está imerso em um conflito entre os rebeldes houthis e seus aliados e as forças fiéis ao presidente Hadi, que contam com o apoio de uma aliança militar liderada pela Arábia Saudita.

Os houthis, que controlam o norte do Iêmen, inclusive a capital Sana, pegaram em armas em setembro passado de 2014 após acusar a Hadi e a seu Executivo de entorpecer a aplicação do acordo de reconciliação alcançado ppor várias forças iemenitas. EFE

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