Líder dos Republicanos no Congresso dos EUA confirma renúncia ao cargo

  • Por Agencia EFE
  • 25/09/2015 14h41

Washington, 25 set (EFE).- O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, confirmou nesta sexta-feir sua renúncia ao cargo, assim como à sua cadeira a partir de 30 de outubro.

Em um breve comunicado emitido em Washington, Boehner disse que decidiu renunciar porque “prolongar a crise que vive a liderança faria um dano irreparável à instituição”.

“Minha missão a cada dia é lutar por um governo menor, menos custoso e mais responsável. Nos últimos cinco anos, nossa maioria avançou reformas conservadoras que ajudarão nossos filhos e aos filhos deles. Estou orgulhoso do que conseguimos”, afirmou.

Boehner sofreu fortes pressões da ala mais conservadora do partido e, indicou, tinha pensado em renunciar ano passado, mas a inesperada derrota de seu “número dois”, Eric Cantor, nas eleições legislativas de novembro o fizeram reconsiderar a decisão para dar continuidade ao projeto do partido.

“O primeiro trabalho de qualquer presidente (da câmara) é proteger esta instituição que todos queremos bem. Meu plano era servir até o final do ano passado, mas fiquei para dar continuidade à Conferência Republicana e à Câmara”, explicou na nota.

“Hoje meu coração está cheio de gratidão pela minha família, meus colegas, e pelo povo do Oitavo Distrito de Ohio. Deus abençoe a este grande país que me deu, ao filho do dono de um bar de Cincinnati, a oportunidade de servir”, concluiu.

Boehner, de 65 anos, está há quase 25 no Congresso, aonde chegou em 1991 como representante de Ohio e, desde janeiro de 2011, estava à frente da liderança republicana na Câmara dos Representantes.

Seu período à frente dos republicanos se tornou mais tumultuado à medida em que o movimento ultraconservador Tea Party crescia, por quem foi criticado várias vezes de ser membro do “establishment” e da burocracia autocomplaciente dos corredores do Capitólio.

Recentemente, mais de 30 congressistas republicanos ameaçaram forçar um voto de não-confiança sobre sua posição como presidente da Câmara, o que poderia fazê-lo forçar a buscar votos democratas para manter-se no cargo.EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.