Líder golpista vence as eleições em Fiji entre acusações de fraude

  • Por Agencia EFE
  • 18/09/2014 02h37
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Cairns (Austrália), 18 set (EFE).- O líder golpista Frank Bainimarama ganhou as eleições parlamentares realizadas ontem em Fiji, segundo os resultados provisórios divulgados nesta quinta-feira e entre acusações de fraude eleitoral por parte da oposição.

O partido FijiFirst, de Bainimarama, que em 2006 tomou o poder em um golpe de Estado, obteve 60,10% dos votos nos pleitos realizados neste arquipélago de praias turquesas no Pacífico Sul.

Sua rival Teimumu Kepa, líder do Partido Liberal, Democrata e Social (SODELPA), recebeu 26,7% dos votos, enquanto o Partido da Federação Nacional ficou com 5,6% dos sufrágios, segundo a apuração de 63% dos 2.025 colégios eleitorais.

Hoje está previsto que a Comissão Eleitoral retome a apuração das cédulas e revele os resultados finais.

Magenta Chaudhry, líder do Partido Trabalhista de Fiji, que ficou na quinta posição com 2,4% dos votos, denunciou que a legenda de Bainimarama comprou votos e que houve irregularidades durante a votação, informou o canal neozelandês “TVNZ”

O grupo de observadores internacionais anunciará hoje suas conclusões, mas ontem manifestou que não tinha observado nenhuma má prática.

Um total de 249 candidatos, 44 deles mulheres, se apresentou nesta disputa eleitoral para ocupar as 50 cadeiras do parlamento unicameral, constituído de acordo com a nova Constituição aprovada no ano passado pelas autoridades sem consulta popular.

Líder do golpe militar de 2006, Bainimarama prometeu ontem que aceitará o resultado das urnas, que abrirá um novo período democrático nesta ex-colônia britânica que viveu quatro conflitos desde sua independência em 1970.

Bainimarama insiste que teve que tomar o poder em 2006 devido às “políticas racistas” do governo do então primeiro-ministro, Laisenia Qarase, em detrimento da minoria fijiana de origem indiana, embora sua atuação tenha lhe custado sanções de países como Austrália e Nova Zelândia, e blocos como a União Europeia. EFE

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