Líder golpista vence eleições em Fiji

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h22

Cairns (Austrália), 21 set (EFE).- O líder golpista Frank Bainimarama venceu por maioria absoluta as eleições realizadas na quarta-feira passada em Fiji, anunciou neste domingo a Comissão Eleitoral local.

Já foram apurados 98% dos votos. A oposição denunciou a ocorrência de fraudes no processo.

O partido liderado por Bainimarama, FijiFirst, obteve 59,48% dos votos, o que permitirá à legenda ocupar pelo menos 30 das 50 cadeiras do parlamento do arquipélago no Pacífico Sul, segundo o portal “Fiji Village”.

O Partido Liberal, Democrata e Social (Sodelpa) aparece em segundo lugar com 28,37%, seguido pelo Partido da Federação Nacional, com 5,30%.

Apesar das acusações de fraude, o grupo de observadores internacionais disse que não encontrou irregularidades na votação organizada por Bainimarama, que governa o país como primeiro-ministro interino desde o levante liderado por ele em 2006.

Antes de saber dos resultados finais, Bainimarama agradeceu o apoio recebido e assegurou que governará para todos.

“Sei que nem todo mundo votou em mim. Mas tive aproximadamente 60% dos votos, o que se traduz em 32 das 50 cadeiras do parlamento”, afirmou o líder do partido FijiFirst.

Bainimarama afirmou que o apoio recebido demonstra “o entusiasmo, a fé e a confiança” que o povo fijiano tem pelo seu “governo e o FijiFirst”.

Ao todo, 527 mil eleitores foram convocados para votar. A participação popular foi de 75%.

Fiji, uma nação do Pacífico Sul com cerca de 900 mil habitantes, viveu três golpes de Estado e uma tentativa de sublevação desde a independência, em 1970, pois parte da comunidade de origem fijiana, representada pela Sodelpa, quer conservar os privilégios que sempre desfrutaram.

Outros partidos, como FijiFirst, defendem a igualdade de todos os fijianos, sem levar em conta sua origem étnica.

A comunidade nativa do país representa 57% da população. Os fijianos de origem indiana, que chegaram durante a época colonial, representam mais cerca de 37% da população. EFE

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