Líder islamofóbico renuncia após tirar foto fantasiado como Hitler

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 16h29
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Berlim, 21 jan (EFE).- O líder dos Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida), Lutz Bachmann, renunciou nesta quarta-feira de suas responsabilidades à frente deste movimento depois da divulgação de uma foto sua fantasiado como o ditador Adolf Hitler e após a procuradoria decidir investigá-lo.

“Me desculpo sinceramente” é o título do comunicado com o qual Bachmann anuncia sua renúncia na página do Pegida no Facebook, onde lamenta os comentários “desconsiderados” que realizou e a possibilidade de ter prejudicado os interesses de seu movimento.

Por sua vez, a procuradoria decidiu pela abertura de uma investigação por suspeitas de instigação à violência em diversos comentários escritos por Bachmann em sua página dessa mesma rede social, nos quais qualificava os peticionários de asilo como “gado”, “sem-vergonhas” e “ralé”.

A porta-voz do Pegida, Kathrin Oertel, expressou a rejeição da organização a esses comentários e assegurou que as palavras utilizadas por Bachmann não estão dentro de seu vocabulário político.

Oertel agradeceu a Bachmann por seu trabalho para estabelecer os fundamentos do Pegida e mobilizar milhares de simpatizantes e comentou que as fotos vestido como Hitler eram apenas uma “sátira”, por ocasião da publicação na Alemanha de um romance que fantasia sobre um suposto retorno do ditador ao mundo.

As críticas contra a organização tinham aumentado hoje após a publicação na capa do popular jornal “Bild” de uma foto na qual Bachmann aparece com o bigode e o penteado habitual do ditador nazista.

A renúncia de Bachmann, o rosto mais visível do Pegida, acontece pouco antes que os simpatizantes deste movimento islamofóbico se reúnam nas ruas de Leipzig, no leste da Alemanha, em uma manifestação que esperam que seja gigantesca.

A tradicional passeata do Pegida, realizada a cada segunda-feira na vizinha cidade de Dresden, foi suspensa esta semana após Bachmann receber ameaças de morte de jihadistas. EFE

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