Líder republicano afirma que medidas de Obama estimularão imigração ilegal

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 14h20

Washington, 21 nov (EFE).- O líder republicano John Boehner afirmou nesta sexta-feira que as medidas executivas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para regularizar a situação de cinco milhões de imigrantes estimularão a entrada ilegal no país.

Além disso, segundo o presidente da Câmara dos Representantes, a atitude de Obama estaria “sabotando” qualquer opção de se aprovar reformas no Congresso.

Para Boehner, as ações de Obama “encorajarão mais pessoas a virem ilegalmente (aos EUA) e a colocarem suas vidas em risco”, denunciou Boehner.

O republicano lembrou a crise na fronteira sul do país entre março e junho devido à chegada em massa de menores não acompanhados, procedentes em sua maioria de Honduras, Guatemala e El Salvador, e previu que “no próximo verão pode ser pior”.

Obama “escolheu deliberadamente sabotar qualquer possibilidade de promulgar as reformas bipartidistas que diz buscar”, criticou Boehner, para quem o presidente dos EUA está “prejudicando o cargo” com suas ações unilaterais.

O Senado, quando estava sob controle democrata, aprovou um projeto de lei para uma reforma migratória em junho de 2013, que não foi submetida a voto na Câmara de Representantes, onde os republicanos têm a maioria desde 2010.

Após esperar mais de um ano para que a votação ocorresse, Obama anunciou em junho que atuaria por conta própria e ontem à noite, em discurso à nação na Casa Branca, anunciou suas medidas, que beneficiarão cerca de cinco dos mais de 11 milhões de imigrantes ilegais que residem nos EUA.

Minutos antes do discurso do presidente, Boehner atacou Obama, a que acusou de se comportar como “um imperador ou um rei”. Os republicanos avaliam agora possíveis ações para conter as medidas executivas de Obama, segundo Boehner indicou hoje.

O Partido Republicano está dividido sobre a questão: os membros do Tea Party, a ala mais conservadora, defendem deixar a administração federal sem fundos para funcionar, como ocorreu em outubro do ano passado, porém vários de seus líderes preferem medidas menos radicais, como bloquear o financiamento necessário para implementar as medidas migratórias de Obama. EFE

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