Líder republicano critica “concessões sem sentido à ditadura” de Cuba
Washington, 17 dez (EFE).- O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, acredita que as medidas de normalização das relações com Cuba do presidente Barack Obama fazem parte de “uma série de concessões sem sentido a uma ditadura que maltrata sua gente e conspira com os inimigos” do país.
A decisão de Obama de iniciar um diálogo imediato com Cuba para restabelecer os vínculos diplomáticos quebrados há mais de quatro décadas despertou o mal-estar de membros da câmara baixa do Congresso, que em janeiro estará totalmente controlado pela oposição republicana.
“As relações com o regime de Castro não devem ser revisadas, e muito menos normalizadas até que o povo cubano possa desfrutar da liberdade”, afirmou Boehner em comunicado divulgado após o pronunciamento público de Obama para explicar as medidas.
Na opinião do líder republicano, o “novo curso” da situação da qual fala o presidente não existe, pois o que predomina é “uma longa linha das concessões sem sentido a uma ditadura que maltrata sua gente e conspira com os inimigos” do país.
Boehner acredita que a decisão de Obama “encorajará” todos os Estados patrocinadores do terrorismo.
Apesar das “reservas” pelas mudanças da política do presidente em relação ao “regime comunista”, Boehner expressou “alegria e alívio” pela libertação do funcionário terceirizado americano Alan Gross após cinco anos preso na ilha.
“Os americanos não podemos nos esquecer de nós mesmos. Falamos hoje porque temos a responsabilidade moral de não esquecer qualquer um que anseie por liberdade e dignidade”, comentou o republicano.
A troca de quatro presos por espionagem entre Cuba e Estados Unidos e a libertação de Gross abriram hoje a porta para que os dois países ponham fim a mais de cinco décadas de inimizade política.
Os EUA decretaram em 1961 um embargo econômico unilateral sobre Cuba que se mantém até hoje. EFE
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