Líder republicano reconhece crise nacional entre polícia e comunidade negra

  • Por Agencia EFE
  • 03/05/2015 14h13
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Washington, 3 mai (EFE).- O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, assegurou neste domingo que existe uma crise nacional como consequência da deterioração nas relações entre a comunidade negra e a polícia, ao comentar os distúrbios ocorridos nesta semana em Baltimore.

“Eu acredito nisso. Se a gente ver o que ocorreu no curso do último ano, é preciso fazer alguma coisa”, assegurou Boehner em entrevista ao programa “Meet the Press” da emissora “NBC”.

O líder republicano se referia assim aos casos recentes de abuso policial que culminaram em fortes protestos pelas mortes de jovens negros em diferentes partes do país como Michael Brown, em Ferguson (Missouri), Eric Garnet em Staten Island (Nova York), e o mais recente de Freddie Gray em Baltimore, que faleceu após estar sob custódia policial.

Boehner recalcou que “os funcionários públicos não deveriam violar a lei” e disse que “se as acusações (de homicídio decretados pela promotora de Baltimore contra 6 policiais pela morte de Gray) forem certas, é degradante e inaceitável”.

Neste sentido, Boehner defendeu a iniciativa do governo do presidente Barack Obama de obrigar os policiais a usar câmaras de vídeo para que suas ações fiquem gravadas.

Após o funeral na segunda-feira passada pela morte de Gray, de 25 anos, os protestos em Baltimore culminaram em uma noite de distúrbios e saques, com veículos e edifícios incendiados, fatos que obrigaram a prefeita da cidade a decretar um toque de recolher a partir das 22h.

Precisamente hoje, a prefeita Stéphanie Rawlings-Blake anunciou a retirada da medida uma vez que a calma retorna aos pouco à cidade, depois que a promotora estadual Marilyn Mosby decidiu na sexta-feira apresentar acusações contra os seis policiais que detiveram Gray. EFE

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