Líderes começam a chegar a Veracruz para cúpula ibero-americana

Veracruz (México), 7 dez (EFE).- Os primeiros chefes de Estado e de governo começaram a chegar neste domingo a Veracruz, cidade portuária no México que receberá segunda-feira e terça-feira a XXIV Cúpula Ibero-Americana, que consagrará as primeiros mudanças deste fórum em seus 23 anos de história.

Os primeiros a chegar foram o rei Felipe VI e o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, na noite passada (horário local), pouco depois do presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís.

As autoridades mexicanas esperam “uma numerosa presença de líderes” e que os 22 países que integram a comunidade estarão representados em alto nível.

Até agora só estão confirmadas as ausências das presidentas do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, a primeira por “questões de agenda” e a segunda por motivo de saúde.

O México foi o país que viu nascer este foro em 1991, com a cúpula de Guadalajara, e vive atualmente momentos complicados pelo desaparecimento de 43 estudantes de magistério em setembro após serem entregues por policiais locais a delinquentes.

As autoridades têm se esforçado em separar essa questão da realização da cúpula.

“Esta será uma cúpula bem-sucedida que olha para o futuro”, afirmou a subsecretária de Estado para a América Latina e o Caribe, Vanessa Rubio Márquez, às perguntas dos jornalistas sobre a possibilidade de o desaparecimento de Iguala ofuscar o encontro.

Vários agentes especiais, tanto militares como da Polícia Federal foram enviados para fazer a segurança na histórica cidade de Veracruz.

A cúpula começa na segunda-feira à tarde, mas hoje e segunda de manhã há foros e encontros culturais e empresariais programados com a participação de alguns dos líderes que participarão da reunião ibero-americana, entre eles o rei Felipe e Rajoy.

Sob o lema “Educação, Cultura e Inovação”, a cúpula será encerrada terça-feira com a Declaração de Veracruz, um Programa de Ação, vários comunicados especiais sobre diversos temas políticos propostos pelos países e um documento sobre a renovação das cúpulas, que consagrará a transformação destas entrevistas anuais em bienais e estabelecerá novas normas.

Segundo fontes da Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib), o organismo encarregado de coordenar os trabalhos entre as cúpulas busca concretização, para que elas produzam resultados que cheguem aos cidadãos mais que do que se concentrarem em declarações políticas.

Entre os resultados, espera-se que seja lançado pela primeira vez um Programa Ibero-americano de Juventude e uma reorientação das principais linhas de cooperação. EFE

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