Líderes comunitários farão protestos se Odebrecht perder licitação no Panamá
Cidade do Panamá, 25 jun (EFE).- Presidentes de associações comunitárias ameaçaram nesta quinta-feira convocar protestos na cidade de Colón, a segunda maior do Panamá, se a construtora Odebrecht não vencer, na sexta-feira, a licitação por um contrato de US$ 500 milhões para uma série de obras.
“A empresa mudou a vida dos coloneses. Acreditou em nós”, disse nesta quinta-feira à Agência Efe o representante do bairro Norte da parte antiga de Colón, Jairo Salazar.
Segundo o líder comunitário, filiado ao opositor Partido Revolucionário Democrático (PRD), a companhia brasileira empregou muitos moradores da região e mostrou que “tem uma grande responsabilidade social”.
A Odebrecht é a principal construtora no Panamá, onde opera há 10 anos em obras de grandes infraestruturas e onde criou cerca de 11 mil postos de trabalho, mais de 90% mão de obra local.
“Uma coisa é vir trabalhar com os coloneses e outra vir lucrar às custas dos colonenses. Por isso, os presidentes de associações comunitárias de Colón apoiam a Odebrecht em 200%”, apontou o representante do bairro Sul da parte antiga de Colón, Álex Lee, que também integra o PRD.
Os dois líderes ameaçaram convocar protestos se amanhã a companhia brasileira não vencer a licitação de US$ 500 milhões para renovar o centro histórico de Colón e construir cerca de 5 mil casas. O projeto inclui, além disso, a reconstrução do sistema de água e esgoto e a restauração de edifícios que são Patrimônio Histórico da Humanidade, segundo o portal governamental “Panamá Compra”.
Pelo projeto também concorrem o consórcio CCA-MCM e o Aspinwall.
“Há uma conspiração nacional contra a empresa”, declarou Lee, devido a alguns setores da sociedade panamenha terem questionado a presença da Odebrecht no país, por causa da prisão, na semana passada, do presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, por suposto envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras. EFE
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