Líderes dos protestos pedem mais apoio antes de se reunir com o governo

  • Por Agencia EFE
  • 09/10/2014 09h55

Hong Kong, 9 out (EFE).- As três principais organizações dos protestos maciços pró-democráticas de Hong Kong anunciaram nesta quinta-feira que não cessarão a ocupação das ruas da cidade enquanto continuar o diálogo com o governo local, que começa amanhã.

Além disso, pedem a mais manifestantes que saiam às ruas até que se garanta a livre escolha de candidatos para as eleições de 2017.

Em entrevista coletiva conjunta, Occupy Central, Scholarism, e a Federação de Estudantes de Hong Kong, as três organizações líderes da revolta, assim como vários políticos pró-democráticos, pediram aos cidadãos de Hong Kong para sair às ruas.

“Vamos continuar com a ocupação a longo prazo até que vejamos resultados reais sobre a reforma política”, assinalou Joshua Wong, líder do movimento estudantil Scholarism.

Alex Chow, secretário da Federação de Estudantes, interlocutora oficial com o governo local, garantiu: “Não há nenhuma razão para que nos retiremos. O governo deve responder de forma específica ao pedido de seus cidadãos sobre o voto universal. Os estudantes continuarão com os boicotes”.

Benni Tai, um dos três líderes do Occupy Central, pediu aos manifestantes que acudam amanhã à área ocupada para seguir através da televisão a primeira rodada de diálogos entre o governo e o movimento civil, que talvez possa pôr fim aos protestos maciços que hoje completam 12 dias.

Enquanto isso, políticos da oposição advertiram que iniciarão uma campanha de veto no parlamento às propostas do Executivo com a finalidade de fazer o chefe de governo, Leung Chun-ying, renunciar.

Por outro lado, o governo de Hong Kong reiterou hoje em comunicado que uma hipotética reforma eleitoral deveria estar em concordância com o assinalado pela Constituição e com as decisões do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, que no dia 31 de agosto negou a possibilidade que a cidade eleja livremente seus candidatos para as eleições de 2017. EFE

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