Líderes israelenses e palestinos condenam ataque a complexo greco-ortodoxo

  • Por Agencia EFE
  • 26/02/2015 12h14
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Jerusalém, 26 mar (EFE).- Dirigentes israelenses e palestinos condenaram nesta quinta-feira o incêndio premeditado e as pinturas ofensivas rumo ao cristianismo, em um complexo pertencente à igreja greco-ortodoxa em Jerusalém Oriental.

O presidente israelense, Reuven Rivlin, dialogou nesta quinta-feira por telefone com o Patriarca Teófilos III de Jerusalém, a quem expressou “tristeza e consternação” pelo incêndio premeditado e as pinturas em edifícios do complexo eclesiástico no Monte Sião.

“É inconcebível que possa ocorrer um ato semelhante em uma casa de oração, trata-se de um crime atroz, deve ser investigado e os responsáveis têm que ser levados perante a justiça. Estes criminosos não só ameaçam incendiar lugares sagrados para todos nós, mas o barril de dinamite regional no qual nos encontramos”, diz um comunicado da presidência israelense.

O incêndio aconteceu em um seminário junto ao popular Portão de Jaffa, um dos acessos à Cidade Antiga de Jerusalém, e em uma parede divisória há várias pinturas com graves insultos a Jesus Cristo.

A polícia indicou que abriu uma investigação para esclarecer os fatos e se existe relação entre as pinturas e o incêndio.

O fato, que causou danos materiais, segue outro ocorrido na quarta-feira em uma mesquita na aldeia de Yaba, na Cisjordânia, que foi incendiada de madrugada.

Também ali apareceram pinturas em hebraico, indício de que pode se tratar de um ataque premeditado de radicais judeus.

O dirigente palestino Saeb Erekat, responsável do departamento de Negociações da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), condenou tanto o incêndio no recinto cristão em Jerusalém Oriental, como o ataque à mesquita na véspera, na Cisjordânia, ambos em território ocupado por Israel desde 1967.

“Estes terroristas foram instigadados e protegidos por um governo que reivindica monopólio sobre esta terra e que justifica sua ocupação ilegal e colonização baseado em alegações religiosos distorcidos”, manifestou em comunicado Erekat.

O funcionário da OLP assinalou que “esses ataques são consequência direta das chamadas para que Israel seja reconhecido como “estado judeu” e Jerusalém como “capital eterna e indivisível do povo judeu”.

Erekat advertiu que a direção palestina “não tolerará nenhum ataque contra lugares religiosos cristãos ou muçulmanos, incluídos grafite que atacam Jesus ou o profeta Maomé” e chamou à comunidade internacional a responsabilizar Israel por suas agressões aos palestinos.

Durante 2013 e 2014 foram registrados em Israel e no território ocupado da Cisjordânia cerca de 20 de ataques contra centros de culto tanto cristãos como muçulmanos, sem que a polícia tenha encontrado os autores na imensa maioria dos casos. EFE

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