Liga Árabe vê como positivo acordo com o Irã e pede inspeções em Israel

  • Por Agencia EFE
  • 15/07/2015 09h06

Cairo, 15 jul (EFE).- A Liga Árabe afirmou nesta quarta-feira que o acordo nuclear alcançado com o Irã ajudará a região a se libertar das armas de destruição em massa, mas para que isto ocorra pediu uma inspeção dos supostos arsenais de Israel.

O secretário-geral assistente da Liga Árabe para Assuntos da Palestina, Mohammed Sobeih, ressaltou a necessidade de obrigar Israel a abrir seus reatores nucleares às inspeções internacionais “com total transparência”, e que este país firme o Tratado de Não-Proliferação (TNP).

Israel, que nunca confirmou e nem desmentiu ter armas nucleares, não é um país signatário do TNP e sempre pôs como condição para somar-se ao mesmo ter conseguido antes a paz com o Irã e os países árabes.

Em entrevista à imprensa no Cairo, Sobeih afirmou que Israel possui armas atômicas e meios para transportá-las a grandes distâncias, o que representa uma grave ameaça à segurança da região.

Por sua vez, o subsecretário-geral da Liga Árabe para Assuntos Políticos Internacionais, Fadel Mohammed Gauad, expressou esperança de que o acordo assinado em Viena tenha resultados positivos para o mundo árabe.

Gauad afirmou que esse convênio deve pôr fim ao rearmamento nuclear no Oriente Médio e abrir a porta para que a região fique livre de armas atômicas.

Ao ser perguntado sobre os temores dos países árabes do Golfo Pérsico, Gauad respondeu que as potências, especialmente os EUA, declararam que Teerã não suporá uma ameaça para a zona.

No entanto, reconheceu que um aumento da influência iraniana “poderia afetar negativamente a segurança e a estabilidade” do Oriente Médio.

A Arábia Saudita expressou ontem seu apoio ao acordo, mas advertiu que se o Irã se aproveitar do relaxamento das sanções para alimentar a instabilidade regional, haverá uma “reação firme”.

O Irã e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia mais Alemanha) alcançaram ontem um pacto para limitar o programa atômico iraniano, que abre o processo para suspender as sanções econômicas impostas a Teerã. EFE

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