Lisboa se reafirma como destino popular entre estudantes estrangeiros

  • Por Agencia EFE
  • 20/01/2015 14h48
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Renata Hirota.

Lisboa, 20 jan (EFE).- Cada vez mais jovens escolhem Lisboa como destino de intercâmbio acadêmico, de acordo com um relatório do governo municipal, que explica que a definição é feita por conta da qualidade de vida na cidade, o bom clima, o ambiente cultural e o prestígio de suas instituições.

Nos últimos anos, Lisboa chamou a atenção como destino turístico na imprensa de todo o mundo, inclusive na rede de televisão americana “CNN”, que considerou a capital portuguesa como a cidade mais “cool” (descolada) da Europa em 2014. Mas há muitos também que optam pela cidade mais populosa do país como destino de estudos: de 2004 a 2012 houve um aumento de 30% no número de alunos estrangeiros em Lisboa.

Orgulhosos de seu clima, os lisboetas não cansam de repetir que essa é uma das capitais europeias com mais horas de sol, com uma média de 220 dias ensolarados por ano. Esta foi uma das razões que fez a estudante búlgara Zhivka Getsova, de 20 anos, participar do Programa Erasmus.

“Queria um inverno mais quente”, disse ela, que em seu país natal enfrenta temperaturas abaixo de zero no inverno, enquanto em Lisboa a média em janeiro se mantém em 11 graus.

A proximidade do mar também oferece muitas possibilidades para a prática de esportes, como o surfe, o que também pesou na decisão de Zhivka.

Durante o ano acadêmico de 2012/2013, 14 mil estrangeiros desembarcaram em Portugal para estudar em uma das universidades da capital. Universidade Técnica de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Lisboa são as três das cinco instituições que mais receberam estudantes Erasmus em 2012.

Os outros dois estabelecimentos de ensino portugueses no ranking elaborado pela Comissão Europeia são as tradicionais Universidade de Coimbra e Universidade do Porto, ambas entre as melhores do país.

Bruno Capelas, estudante brasileiro de 22 anos, explicou que o prestígio das universidades foi fundamental em sua decisão.

“Era a melhor opção entre as universidades de língua portuguesa”, explicou.

O Brasil é um dos países que impulsionou a crescente relevância internacional do continente americano em Lisboa. O número de estudantes brasileiros aumentou 60% em quatro anos e chegou a 3.143 no período 2012/2013.

Entre as razões que justificam este crescimento está a bolsa de estudo do Programa Ciências Sem Fronteiras. O idioma partilhado e a proximidade cultural também são alguns dos fatores que levam cada vez mais brasileiros a estudar em Portugal.

Capelas explicou que o fato de ser descendente de portugueses e de Lisboa ser uma grande capital influenciou sua decisão, já que isso lhe permitiria viajar facilmente a outros países e “manter uma vida cultural ativa”.

Entre os europeus, espanhóis, italianos e alemães são as nacionalidades mais recorrentes entre os alunos Erasmus em Lisboa, somando 35% do total de estudantes estrangeiros.

As condições de vida na capital portuguesa são favoráveis aos estrangeiros, que encontram em Lisboa uma das cidades mais baratas e também mais seguras da União Europeia (UE). Em 2014, Portugal foi o 13º país com a menor taxa de criminalidade da Europa, segundo o Índice Global da Paz, elaborado anualmente pelo Instituto Internacional de Pesquisas pela Paz de Estocolmo. EFE

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