Lista negra da UE inclui chanceler da Crimeia e comando da Frota do Mar Negro
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Bruxelas, 17 mar (EFE).- A União Europeia (UE) incluiu nesta segunda-feira em sua lista negra de 21 russos e ucranianos sancionados por ameaçar a integridade territorial da Ucrânia o comando da Frota do Mar Negro e o primeiro-ministro da República Autônoma da Crimeia.
O comando da Frota do Mar Negro (sub-unidade da marinha russa), vice-almirante Aleksandr Vitko, foi sancionado pela UE por ser o responsável por dirigir as tropas russas que ocuparam território soberano ucraniano, enquanto o primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Axiónov, foi incluído por promover ativamente o referendo de anexação à Rússia.
Os nomes foram publicados hoje no Diário Oficial da UE, pouco depois da reunião de ministros das Relações Exteriores comunitários na qual se qualificou de “ilegítima e ilegal” a consulta popular do domingo, na qual uma maioria de cidadãos se pronunciou a favor de se unir à Rússia.
A resposta comunitária ao referendo foi restringir os vistos e congelar os bens em território comunitário de 13 russos e oito ucranianos que considera responsáveis pela instabilidade na região.
Entre os ucranianos sancionados estão, além do primeiro-ministro da Crimeia, o chefe e o vice-presidente do parlamento da república autônoma, Vladimir Konstantínov e Sergei Tsékov, respectivamente; um assessor, Yuri Zherebtsov; o vice-presidente do Conselho de Ministros, Rustam Ilmirovich, e o prefeito de Sebastopol, Alexei Mijailovich.
No plano militar está a lista da UE o comandante-em-chefe da Marinha de Guerra da Ucrânia, contra-almirante Denis Berezovsky, que jurou fidelidade ao povo da Crimeia.
Também se encontra o novo chefe do Serviço de Segurança da Crimeia, Piotr Anatoliovich, por ter passado informação à Rússia.
Por outra parte, entre os 13 russos aos quais a UE impôs sanções aparecem, além do chefe da Frota do Mar Negro, dois comandantes militares que enviaram tropas à Ucrânia: Anatoli Sidorov e Aleksandr Galkin.
No âmbito político e parlamentar, os 28 países comunitários quiseram sancionar o encarregado de assuntos com membros da pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes na Duma, Leonid Slutski; o vice-presidente dessa câmara, Sergei Zheleznyak, e o primeiro vice-presidente da Comissão de Assuntos Parlamentares, Oleg Panteliev.
No Senado russo foram afetados pelas restrições comunitárias o vice-presidente do Conselho da Federação, Evgeni Bushmin, e vários membros de comissões parlamentares de Defesa e Segurança, Assuntos Internacionais, Direito Constitucional e de Cultura, Ciência e Informação, entre outros.
O vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin, por sua vez, ao contrário da lista dos Estados Unidos, nem os assessores mais próximos do presidente russo, Vladimir Putin.
A UE não quis entrar no mérito de valorar estas diferenças entre sua lista e a de Washington.
“Os Estados Unidos tomam suas decisões e, nós, as nossas”, disse a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, ao ser perguntada ao fim do Conselho sobre se as sanções adotadas por Washington são mais duras que as europeias. EFE
cai/tr
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