Livni pede para EUA bloquearem iniciativa palestina para não ajudar direita
Jerusalém, 21 dez (EFE).- A ex-ministra de Justiça de Israel Tzipi Livni pediu para o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, bloquear a votação de uma resolução palestina no Conselho de Segurança da ONU para assim não beneficiar a direita nacionalista israelense nas eleições de 17 de março.
Chefe do partido de centro Hatenua, que disputará as eleições ao lado do Partido Trabalhista, Livni reconheceu em entrevista neste domingo para a “Rádio Militar” que tinha falado sobre o assunto com Kerry.
“Não pedi para a votação (na ONU) ser atrasada (até depois das eleições), mas que a interrompa definitivamente”, disse a ex-ministra, que foi exonerado do cargo há duas semanas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em uma crise de governo que causou a antecipação do pleito.
Na entrevista, Livni acrescentou que “qualquer solução imposta a Israel é ruim”, e considerou que o líder da direita colonizadora Naftali Bennet está interessado na aprovação do projeto de resolução apresentado ao Conselho de Segurança pelos palestinos, porque com isso veria fortalecida sua capacidade de conquistar eleitores.
A resolução, apresentada à ONU há poucos dias, pede o final da ocupação e a retirada de Israel para as fronteiras de 1967 no prazo de três anos.
Os EUA não decidiram ainda se exercerão seu direito de veto ou se inclinarão pela resolução mais suave proposta pelo governo francês.
O pedido a Kerry valeu hoje a Livni uma dura crítica por parte dos partidos direitistas, que a acusam de ter pedido unicamente um adiamento até depois das eleições israelenses. EFE
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