Lixo em Beirute aumenta pressão sobre o primeiro-ministro libanês

  • Por Agencia EFE
  • 30/07/2015 15h01

Beirute, 30 jul (EFE).- O primeiro-ministro libanês, Tamam Salam, voltou a ventilar nesta quinta-feira a possibilidade de renunciar se não houver o desbloqueio de governo, que é responsável por uma crise de lixo acumulado há duas semanas em Beirute.

“O primeiro-ministro disse que a crise dos resíduos, que ameaça a segurança ecológica, se deve à crise política que impede uma solução adequada para este problema”, garantiu o ministro da Informação, Ramzi Jreij, ao término de uma reunião do Gabinete realizada hoje.

Além disso, o ministro informou que Salam pediu às forças políticas que “ajam em interesse dos libaneses” e qualificou a atual crise dos resíduos como um “desastre nacional”.

A cidade de Beirute e a zona de Monte Líbano estão inundadas de lixo desde 17 de julho, após o fechamento do lixão de Naame por falta de espaço.

Um comitê ministerial designou novos lixões temporários, mas os habitantes das zonas escolhidas se opõem a esta medida do governo, que está sob pressão há muito tempo para encontrar uma solução definitiva.

O Conselho de Ministros condenou hoje a agressão da qual foi vítima na terça-feira o ministro de Assuntos Sociais, Rachid Derbas, por parte de manifestantes que, além disso, jogaram lixo diante dos domicílios de Salam e do ex-primeiro-ministro e deputado Fouad Siniora.

Nos passados dias houve protestos contra o Executivo e os manifestantes bloquearam estradas e enfrentaram a polícia em várias ocasiões, em diferentes pontos da capital libanesa.

Na reunião de hoje, Salam pediu mais uma vez que seja eleito, o mais rápido possível, um novo chefe de Estado, cargo que está vago desde 25 de maio de 2014 devido aos desacordos entre os grupos parlamentares.

“Se não encontrarmos soluções sérias que garantam a continuidade das funções do governo à revelia de um presidente, chegaremos a um beco sem saída”, advertiu Salam.

O governo está estagnado principalmente devido à postura da Corrente Patriótica Livre, liderada pelo candidato presidencial Michel Aoun e apoiada pelo grupo xiita Hezbollah, que exige a nomeação de um novo chefe do Exército e outros altos comandantes de segurança. EFE

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