Londres responsabiliza Assad por “grave retrocesso” em Genebra
Londres, 15 fev (EFE).- O governo britânico classificou neste sábado como “grave retrocesso” o resultado das negociações sobre a Síria em Genebra, onde não se alcançou definir outra reunião para as conversas de paz, e responsabilizou o regime de Bashar al Assad.
Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse que representa “um grave retrocesso na busca pela paz na Síria e a responsabilidade recai sobre o regime de Assad”, apesar de dizer que “não pode ser o fim do caminho”.
“Ficou claro que o regime (sírio) rejeitou debater um órgão de governo transitório, um assunto que está no coração da negociação e que é um meio essencial para acabar com o conflito” na Síria, apontou Hague.
Em todo caso, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido indicou que o problema humanitário na Síria obriga a buscar um “progresso rumo a uma solução política” e que é preciso apoiar o processo de Genebra.
“Isso não pode ser o fim do caminho”, comentou o chefe da diplomacia britânica, para quem é, além disso, “mais urgente que nunca conseguir uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que trate do sofrimento humanitário na Síria”.
As duas delegações sírias que representam o governo e a oposição encerraram hoje sua segunda rodada de negociações em Genebra sem um acordo sobre a continuação do processo de paz.
“Acho que é melhor que cada parte reflita e assuma a responsabilidade se querem que continuemos”, manifestou em entrevista coletiva o mediador internacional, Lakhdar Brahimi, que pediu desculpas pela falta de avanços. EFE
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