López e Ceballos acabarão greve de fome se outros opositores forem libertados

  • Por Agencia EFE
  • 10/06/2015 15h45
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Caracas, 10 jun (EFE).- Os políticos venezuelanos presos Leopoldo López e Daniel Ceballos estão dispostos a acabar a greve de fome que mantêm há mais de 15 dias caso sejam libertadores outros opositores que estão na prisão, informou nesta quarta-feira a defesa de ambos dirigentes.

“É vontade de Leopoldo López e Daniel Ceballos que, se outros presos políticos forem libertados e não eles, estão dispostos a suspender a greve de fome”, disse aos jornalistas o advogado de López e Ceballos, Juan Carlos Gutiérrez.

O advogado destacou que “o ideal” é que sejam libertados todos os que a oposição considera “presos políticos”, que somariam mais de 70 pessoas, “de forma plena e sem compromissos”.

Ceballos e López, pertencentes ao partido Vontade Popular, estão em greve de fome desde os dias 22 e 24 de maio, respectivamente e, de acordo com parentes e advogados, os políticos já perderam mais de dez quilos e mostram sintomas de fraqueza.

Gutiérrez disse hoje que exames médicos ordenados pelo Ministério Público em Ceballos geraram um relatório que supostamente não reflete uma verdadeira avaliação de seu estado de saúde e que só certifica que o opositor tem “uma cicatriz antiga e uma tatuagem decorativa antiga”.

De acordo com o defensor, Ceballos, que se encontra recluso em uma prisão de presos comuns no estado de Guárico, a 150 quilômetros de Caracas, foi colocado nas últimas horas em um espaço situado ao lado da enfermaria da prisão onde possa contar com atendimento oportuno “caso seja necessário”.

Ceballos está nesta prisão desde o último dia 22 de maio quando foi transferido da prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas, onde permanece López.

A greve iniciada por Ceballos e López ganhou a adesão de outros opositores, presos ou em liberdade, para apoiar suas exigências e, segundo o Vontade Popular, já são 65 pessoas engajadas nesse protesto.

A libertação dos que a oposição considera “presos políticos” e a fixação da data para as eleições parlamentares previstas para o final do ano são algumas destas reivindicações.

López e Ceballos estão presos desde fevereiro e março do ano passado respectivamente, acusados de delitos relacionados com incidentes violentos que aconteceram durante os protestos antigovernamentais desse período e que se estenderam por vários meses deixando 43 mortos. EFE

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