Lucro da Apple entre retração em países ricos e crescimento nos emergentes

  • Por Agencia EFE
  • 27/01/2014 22h29

Washington, 27 jan (EFE).- A Apple obteve entre outubro e dezembro um lucro líquido de US$ 13,072 bilhões, similar ao de um ano atrás, embora as vendas continuem melhorando, especialmente pela febre pelo iPhone em mercados emergentes, encabeçado pela China.

No último trimestre do ano 2013 (o primeiro do ano fiscal da Apple) uma venda recorde de 51 milhões de novos iPhones, 7 % mais, em um período marcado pelo lançamento dos iPhones 5S e 5C.

No período a multinacional também vendeu 26 milhões de iPads e 4,8 milhões de computadores Mac, enquanto as vendas do iPod caíram para seis milhões.

Com o crescimento na China e no Japão, a Apple conseguiu melhorar a receita por vendas de US$ 54,5 bilhões do período outubro-dezembro de 2012 para US$ 57,6 bilhões do ultimo trimestre, apesar da diminuição na América do Norte.

As vendas de softwares e pelo iTunes aumentaram 19% para US$ 4,4 bilhões.

O lucro por atividade ordinária aumentou também dos US$ 17,2 bilhões até US$ 17,46 bilhões, um suave avanço que faz os investidores temerem que a Apple não possa manter suas promessas de crescimento.

A companhia apresentou hoje previsão de receita por vendas entre US$ 42 bi e US$ 44 bilhões, abaixo do que os analistas de Wall Street esperavam, que confiavam que o puxão da China pudesse sustentar a meteórica ascensão da Apple da última década.

Em uma conferência com investidores, Peter Oppenheimer, conselheiro financeiro da companhia, destacou a importância dos mercados emergentes, onde as vendas do iPhone mais luxuoso estão aumentando em bom ritmo.

Oppenheimer lembrou que as vendas em taxa anualizada aumentaram 76% na América Latina, e foram registradas melhoras inclusive maiores na África e na Europa Oriental.

Mas a China continua sendo o mercado com maior potencial, já que as vendas de dispositivos da Apple aumentaram significativos 29% até US$ 8,844 bilhões, dados que não incluem o recente acordo com a operadora China Mobile, cujas vendas se começaram a ser contibilizadas agora em janeiro.

Oppenheimer disse a semana passada foi a melhor semana de contratos com iPhones na China, algo que poderia compensar a saturada demanda nos países ricos.

Nos mercados onde os produtos da Apple se transformaram em um bem básico em muitos casos, a companhia fundada por Steve Jobs parece não encontrar novas vias para aumentar significativamente sua receita.

A única exceção nesta tendência é o Japão, onde o gosto pelos produtos da Apple permitiu que as vendas aumentassem 11% entre outubro e dezembro, para US$ 5 bilhões.

Como ressaltou a Apple hoje, negócios, centros educativos e até time de futebol usam diariamente os iPhones e iPad, e que o nível de fidelidade com o produto é a mais alta registrada no setor de eletrônicos de consumo.

No entanto, o que preocupa analistas e investidores é se Apple ainda é capaz de apresentar novidades que suponham, como foram o caso do iPhone e do iPad, um avanço tecnológico suficiente para manter o frenético avanço que a companhia californiana vive desde 2007.

A Apple garantiu que continua investindo um grande volume de sua liquidez em pesquisa e desenvolvimento para apresentar novidades que continuem a diferenciá-la da concorrência que está conseguindo alcançá-la. EFE

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