Lucro da Petrobras cai 43% no primeiro semestre

  • Por Agencia EFE
  • 06/08/2015 21h38

Rio de Janeiro, 6 ago (EFE).- A Petrobras informou nesta quinta-feira que obteve no primeiro semestre um lucro líquido de R$ 5,861 bilhões, o que representa uma queda de 43% em relação ao mesmo período em 2014.

A estatal atribuiu a queda do lucro à forte desvalorização do real frente ao dólar no período e à significativa desvalorização da cotação internacional do petróleo, de quase 47%.

A companhia petrolífera também atribuiu a redução de seu lucro ao forte aumento de suas despesas com a desvalorização do real, já que a maior parte de sua dívida está definida em dólares, e ao reconhecimento de uma elevada dívida com a Receita, que a empresa contestava administrativamente.

O resultado semestral representa um novo revés para a Petrobras, que no ano passado sofreu prejuízo de R$ 21,587 bilhões, sua primeira retração anual desde 1991.

Apesar do resultado final, a Petrobras destacou que seu lucro operacional, descontadas despesas financeiras, entre outras, cresceu 39% no período, para R$ 22,822 milhões no primeiro semestre deste ano, e que seu Ebitda (lucro bruto de exploração) aumentou 35%.

A melhoria dos resultados operacionais foi possível porque a empresa elevou sua produção de petróleo e gás natural em 9%, para uma média de 2,784 milhões de barris diários no primeiro semestre. A companhia também elevou sua produção de derivados em 7%, para 2,178 milhões de barris diários nos seis primeiros meses de 2015.

Além de ter reduzido as despesas com compras de combustíveis no exterior pela queda da cotação do petróleo, a Petrobras também elevou suas exportações em 107% no período.

Segundo a companhia, o aumento da produção de petróleo e de derivados e as melhores margens na comercialização de gasolina e diesel no mercado interno pelo aumento dos preços dos combustíveis compensaram o impacto da menor demanda interna por derivados.

As vendas de combustíveis no Brasil diminuíram em 7% no primeiro semestre como consequência, segundo a empresa, da própria contração do PIB, que pode chegar a 1,5% neste ano de acordo com as projeções do governo.

Segundo o balanço divulgado, os investimentos da empresa caíram 13% frente ao primeiro semestre de 2014, para R$ 36,2 bilhões nos seis primeiros meses de 2015. EFE

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