Macau dá começo a “plebiscito” por voto universal
Pequim, 24 ago (EFE).- Vários movimentos civis da região administrativa especial chinesa de Macau, ex-colônia portuguesa, iniciam neste domingo um plebiscito extra-oficial a favor de reformas democráticas, dois meses depois que quase 800 mil pessoas participaram de uma votação similar na vizinha Hong Kong.
O plebiscito, que não é oficial e portanto não é vinculativo, foi organizado pelos grupos Consciência de Macau, Juventude Dinâmica de Macau e Sociedade Aberta de Macau, que buscam ganhar a queda de braço e apoio para pedir reformas democráticas, segundo informa o jornal local “Macau Daily Times”.
Concretamente, os organizadores perguntam aos cidadãos da cidade, cerca de 600 mil, se acham que o líder de Macau deveria ser eleito por voto universal em 2019 e se têm confiança no responsável atual, Chui Sai-on.
Os habitantes de Macau poderão votar de forma eletrônica a partir de hoje e até o próximo dia 30 de agosto, um dia antes de Chui ser reeleito como o máximo representante da região durante os próximos cinco anos.
Durante o dia de hoje, além disso, a cidade contará com cinco pontos físicos onde os cidadãos poderão participar da votação, embora terão que fazê-lo através de dispositivos eletrônicos, já que um tribunal de Macau proibiu a instalação de mesas eleitorais ou qualquer material relacionado com a convocação em regiões comuns.
O presidente da Sociedade Aberta de Macau, Jason Chao, assegurou ao jornal que “confia” que as autoridades não vão impedir a votação já que “a atividade não está proibida pela lei, portanto pode ser feita”.
Como Hong Kong, Macau é regido pelo princípio de “um país, dois sistemas”, que lhe permite manter a independência do Poder Judiciário e da imprensa, enquanto Pequim exerce o controle sobre Relações Exteriores e Defesa.
Macau é a única região da China onde o jogo é permitido e, de fato, a receita dos cassinos da ex-colônia portuguesa supera a de Las Vegas. EFE
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