Macri aceita que o investiguem após ter nome citado no Panama Papers

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/05/2016 17h36
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JCB170 DAVOS (SUIZA) 22/01/2016.- El presidente de Argentina, Mauricio Macri, interviene en una mesa redonda durante la cuadrigésimo sexta edición del Foro Económico Mundial en Davos (Suiza) hoy, 22 de enero de 2016. EFE/Laurent Gillieron EFE/Laurent Gillieron Novo presidente da Argentina Mauricio Macri foi a grande estrela sul-americana no Fórum Econômico Mundial em Davos

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta terça-feira que aceita a decisão da justiça local de investigar a ligação de seu nome com offshores citadas no Panama Papers.

Macri afirmou em coletiva que está “à disposição” do juiz federal Sebastián Casanello no que se refere aos pedidos do magistrado à justiça do Panamá e das Bahamas para colocar uma lupa sobre companhias nas quais o presidente tem o nome citado.

“Temos todos que fazer os procedimentos necessários para confirmar aquilo que é verdade ou não”, afirmou o presidente, sustentando que não cometeu nenhuma irregularidade.

A suspeita é que o presidente tenha omitido intencionalmente sua participação em offshores para não recolher impostos. Macri aparece como membro da diretoria da companhia Fleg Tranding LTD, com sede em Bahamas, o que não é negado pelo presidente. Segundo ele, trata-se de um negócio familiar, do qual ele não era acionista e que não recebia nenhuma remuneração por sua participação, explicando o porquê de não mencionar a empresa na sua declaração de impostos.

Casanello pretende determinar se Macri figura ou não como acionista através de registros bancários com seu nome ou de pessoas ligadas a ele através de atividades comerciais e financeiras. A Fleg Tranding LTD foi registrada no país caribenho na década de 1990 com objetivos de investir no Brasil, mas os aportes não foram realizados e a empresas teve suas atividades encerradas em 2009.

O presidente também declarou que a justiça deve trabalhar de “forma independente” neste caso e também nas denúncias que recaem sobre sua antecessora, Cristina Kirchner, acusada de enriquecimento ilícito, falsificação de documentos e fraude contra o Estado. 

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