Maduro aceita proposta da Unasul de se reunir com a oposição amanhã
Caracas, 7 abr (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira ter aceitado a proposta dos chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para se reunir amanhã com representantes da oposição.
“Tivemos uma conversa bastante longa, eles me propuseram fazer uma reunião amanhã com a delegação da oposição e aceitei, como pedia há oito semanas pelo diálogo político, pela paz, pela democracia”, afirmou Maduro em uma declaração pública logo depois de uma reunião com os ministros.
Maduro declarou que, nesse encontro, que provavelmente vai acontecer pela manhã, vai argumentar com base “nos fatores do governo, da revolução”.
“Tenho certeza que, se essa reunião acontecer, será uma grande mensagem de paz, de democracia, de nosso país para todo nosso povo”, disse.
Os chanceleres de Brasil (Luiz Alberto Figueiredo), Argentina (Héctor Timerman), Bolívia (David Choquehuanca), Colômbia (María Ángela Holguín), Chile (Heraldo Muñoz), Equador (Ricardo Patiño), Uruguai (Luis Almagro) e Suriname (Winston Lackin) fazem parte da segunda comissão que o órgão enviou à Venezuela para contribuir com o diálogo.
O presidente venezuelano disse que se reuniu por mais de uma hora com os chanceleres, em uma conversa em que relatou a “luta que acontece na Venezuela “pela paz” e ressaltou “a necessidade de condenar a violência como método político”.
“Os venezuelanos de bem, as venezuelanas de bem, têm grande fé que nesta visita da Unasul conseguiremos completar toda a equação de paz da Conferência de Paz que está funcionando na Venezuela e finalmente que os atores da oposição se sentarão para dialogar em paz e para a paz”, disse Maduro.
O presidente venezuelano lançou no final de fevereiro uma Conferência de Paz que teve a participação de representantes de setores sociais, políticos e econômicos, assim como representantes da oposição, mas, individualmente, sem os partidos adversários do governo de forma institucional.
Maduro garantiu que as portas do Palácio de Miraflores, sede do governo, “estão abertas para essa reunião”.
“Estou pronto e desejoso de me reunir tête-à-tête com a oposição, com a Unasul como testemunha excepcional, e iniciar as tratativas de paz, de convivência, de tolerância, de amor de nosso povo”, afirmou.
“A Unasul demonstrou ser um bloco político bem-sucedido para canalizar os conflitos políticos e ajudar a estabilidade, a paz, e a prosperidade dos países”, acrescentou. EFE
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