Maduro afirma que López não será libertado, apesar da “pressão” dos EUA
Caracas, 11 dez (EFE).- O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos acreditam que, com a aplicação de sanções a seus funcionários, o dirigente opositor Leopoldo López, preso há dez meses, será libertado, mas reiterou que isso não será possível pois “a Venezuela é um país livre”.
“Os Estados Unidos acreditam que, sancionando à Venezuela, vamos soltar o assassino. Aqui não há jeito, imperialistas dos Estados Unidos, aqui não há forma que vocês possam nos pressionar porque a Venezuela é um país livre”, declarou durante uma jornada de governo que liderou em Caracas.
Maduro relacionou assim as sanções que o Congresso americano aprovou na quarta-feira a um grupo de funcionários venezuelanos com uma suposta pressão à Venezuela para que liberte López, processado por sua suposta vinculação com incidentes violentos durante uma passeata ocorrida no último mês de fevereiro.
O presidente agradeceu, além disso, aos países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba) por manifestar seu apoio à Venezuela por meio de um comunicado divulgado hoje.
“Os países do Alba reiteram firmemente sua rejeição a qualquer agressão, seja de tipo legal, econômica ou política contra a República Bolivariana da Venezuela que constitui uma violação do direito internacional, assim como contra qualquer dos países-membros da Alba”, diz o comunicado da aliança lido por Maduro.
A Câmara dos Representantes dos EUA deu sinal verde nesta quarta-feira a uma lei que, se entrar em vigor, congelará ativos e proibirá a emissão de vistos a funcionários do governo venezuelano vinculados com os episódios de violência que o país caribenho viveu nas manifestações do início do ano.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende assinar estas novas sanções à Venezuela, segundo indicou hoje o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em sua entrevista coletiva diária, sem dar mais detalhes.
Na terça-feira passada, Maduro ofereceu um discurso no qual dirigiu palavras a Obama e lhe advertiu que seu país estaria “em maus lençóis” se o Congresso dos Estados Unidos aprovasse sanções à Venezuela. EFE
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