Maduro afirma que não permitirá “golpe eleitoral” e que reverterá a situação

  • Por EFE
  • 16/12/2015 09h53
CAR06. CARACAS (VENEZUELA), 15/12/2015.- El presidente venezolano Nicolás Maduro habla ante un grupo de seguidores en las inmediaciones del palacio presidencial hoy, martes 15 de diciembre del 2015, en la ciudad de Caracas (Venezuela). El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, indicó hoy que no permitirá que la oposición de su país, que ganó el 6 de diciembre pasado una mayoría de dos tercios en las legislativas y con ello el control del Parlamento, consolide un "golpe electoral". EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ Nicolas Maduro fala a grupo de seguidores próximo ao palácio presidencial em Caracas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira que não permitirá que a oposição de seu país, que conquistou no último dia 6 de dezembro uma maioria de dois terços nas eleições legislativas e com isso o controle do parlamento, consolide um “golpe eleitoral”.

“Não acreditem que isto vai ficar assim, nós vamos mudar esta situação e não vamos permitir à direita que consolide seu golpe eleitoral, não vamos permitir”, disse Maduro a um grupo de funcionários governamentais que se postaram em frente ao palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, em um ato transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão.

O presidente pediu ao grupo de trabalhadores “transformar esta crise contrarrevolucionária” – forma como chamou a derrota sofrida pelo chavismo nas legislativas -, em “uma nova situação revolucionária que abra a porta a uma nova e grande etapa de renascimento do movimento revolucionário”.

Para isto Maduro esteve “trabalhando em todos os planos para um renascimento do bolivarianismo (…) para uma retificação total e profunda dos erros e assuntos pendentes da revolução”.

Maduro afirmou ao grupo de trabalhadores reunidos em frente à casa de governo, liderados pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Manuel Fernández, que todos devem preparar-se para “defender a Constituição na rua com a mobilização do povo da Venezuela”.

O presidente destacou que “o povo se declarou em rebelião” após a vitória da oposição, que ficou acima do governo por uma diferença de quase dois milhões de votos e mais de 50 deputados.

A vitória dos opositores agrupados na plataforma Mesa da Unidade Democrática (MUD) “é a ameaça do desmantelamento da pátria”, na opinião de Maduro.

O parlamento venezuelano em fim de mandato, de maioria governista, realizou hoje sua última sessão ordinária antes que tome posse em janeiro a Assembleia Nacional composta por 112 opositores e 55 chavistas.

Em dita sessão, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, instalou um parlamento comunal nacional, que funcionará na própria sede de legislativo.

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