Maduro afirma que oposição cortará ajuda social se ganharem eleições

  • Por Agencia EFE
  • 22/06/2015 20h26

(corrige título).

Caracas, 22 jun (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira que, se a oposição ganhar as eleições parlamentares de 6 de dezembro, seus deputados acabariam com as ajudas sociais conhecidas como missões, “uma sabotagem contra a qual o povo lutaria nas ruas”.

“Nosso povo não vai se entregar, nosso povo vai lutar nas ruas, sejam quais forem as circunstâncias que enfrentemos. Assim o digo, assim assumo. Seria o primeiro a me jogar nas ruas com o povo para defender seus direitos sociais”, bradiu Maduro em um evento do partido em Caracas.

Ele ainda afirmou sem temor de se equivocar que “em quase 90%” das ocasiões em que foram votados no parlamento temas relacionados às missões “a bancada da MUD votou contra, rejeitou, sabotou aprovação dos recursos”.

Para o presidente os governistas “não vão deixar tirarem a revolução caso a Assembleia Nacional (AN) caía em mãos” da coalizão opositora, que engloba a maioria da oposição conhecida como Mesa da Unidade Democrática (MUD).

“Se a direita tomasse a maioria da AN, tomem nota, camaradas, tenham segurança absoluta: neste país se suscitaria um processo de confronto social de rua”, acrescentou.

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, Tibisay Lucena, anunciou hoje que as eleições para a Assembleia Nacional, atualmente de maioria chavista, acontecerão dia 6 de dezembro e a campanha eleitoral será permitida de 13 de novembro até a noite de 3 dezembro.

A data da realização do pleito tinha gerado dúvidas na oposição nas últimas semanas, de onde chegaram a comentar que tinham dúvidas se elas realmente aconteceriam este ano, como estava previsto.

A fixação do dia das eleições era um dos pedidos pelos quais o líder da Vontade Popular, o opositor Leopoldo López, começou há 29 dias uma greve de fome à qual se somaram vários simpatizantes e militantes de seu partido desde então.

O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), cujo presidente também é Maduro, fará a seleção de seus candidatos em primárias neste próximo fim de semana. EFE

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