Maduro chega ao Panamá para Cúpula das Américas
Cidade do Panamá, 10 abr (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou nesta sexta-feira ao Panamá para participar da VII Cúpula das Américas, evento em que encontrará o líder americano, Barack Obama, mas advertiu que veio “em paz” para defender seu país.
Maduro declarou aos jornalistas que “não é tempo de imperialismos, de ameaças. É tempo de paz, de cooperação”.
“Viemos a esta cúpula com um espírito construtivo, de construir a paz, de construir união, de construir justiça, mas baseado no respeito entre os povos, entre os governos”, destacou o presidente, que mantém uma de braço com Obama desde que os Estados Unidos declararam a Venezuela “uma ameaça para a segurança americana”.
Sobre as crianças que o receberam quando desembarcava do avião presidencial, disse que “o Libertador Simón Bolívar predisse há 200 anos, na carta da Jamaica, que o istmo do Panamá poderia ser o centro da reunião dos povos independentes que surgiram da luta para fundar suas repúblicas”.
“Hoje chegamos com o espírito de Bolívar, com seu ideial, chegamos como povos livres, independentes, sonhando com um mundo de paz, vocês sabem que estamos em uma tremenda luta para que a Venezuela seja respeitada, e faremos com que a respeitem, vocês verão”.
O presidente venezuelano reiterou que “não é tempo de imperialismos, de ameaças, não; é tempo de paz, de cooperação, de união, de avanço, de prosperidade”.
Ele expressou o “amor e a admiração” do povo da Venezuela com o do Panamá e cumprimentou o “presidente e grande amigo Juan Carlos Varela”, que conheceu quando ambos eram chanceleres, “por todas as atenções que deu à delegação venezuelana, para defender a verdade da Venezuela”.
“Aqui estamos prontos para a batalha de ideias, para defender a verdade da Venezuela e para sair com a bandeira da paz em cima, ondeante como esta ondeante esta formosa bandeira do Panamá, que graças ao (general panamenho) Omar Torrijos, agora é ondeada também no canal!”, exclamou.
O avião que trouxe Maduro, acompanhado de uma numerosa comitiva, aterrissou no aeroporto internacional Panamá Pacífico, e foi recebido pelo ministro do Trabalho do Panamá, Luis Ernesto Carles.
Terminada a cerimônia protocolar, Maduro seguiu para o bairro do Chorrillo, para homenagear os panamenhos mortos no bairro, bombardeado durante a invasão americana ao Panamá do 20 de dezembro de 1989. EFE
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