Maduro denuncia processo de “colombianização do crime” na Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2015 03h00

Caracas, 11 ago (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira que em seu país há um processo de “colombianização” do grupos criminosos captados pela “extrema-direita” para criar o caos.

“Há um processo de paramilitarização do crime organizado, há todo um processo de colombianização dos criminosos que são captados pela extrema-direita e já estamos de olho nisso”, garantiu o presidente venezuelano durante seu programa transmitido pela emissora estatal “VTV”.

O chefe do Executivo afirmou, no entanto, que os detalhes sobre como operam estes grupos no país ainda não foram esclarecidos, mas que estão sendo investigados pelos corpos de inteligência.

“O que fazem, como fazem, de onde lhes chega a droga da Colômbia, se é ou não enviada pelo (ex-presidente colombiano, Álvaro) Uribe, isso ainda vamos descobrir”, comentou.

Além disso, Maduro destacou que esta é uma operação impulsionada pelo “império e seus lacaios internos”, cujo “objetivo é perturbar, criar caos e trazer a violência” à Venezuela; e acusou o governador de Miranda, o opositor Henrique Capriles, de pactuar “com os criminosos para que matem o povo”.

O líder chavista reiterou também seus ataques contra o governo dos Estados Unidos e o Comando Sul, aos quais acusa de estar por trás do assassinato de um jovem durante um saque em um armazém de alimentos na cidade de San Félix duas semanas atrás.

“O governo dos Estados Unidos está operando através do Comando Sul para buscar agentes aqui e agentes lá. Tenho provas, tenho os vídeos, as fotos”, garantiu Maduro.

De acordo com as informações reveladas hoje pelo presidente venezuelano, o assassinato do jovem durante o saque foi executado por dois destes agentes que se encontram foragidos e estão sendo “protegidos”.

Maduro informou ontem que “uma comissão especial” de seu país apresentará nos “próximos dias” ao governo dos Estados Unidos as provas de um suposto plano desestabilizador dirigido pelo Comando Sul. EFE

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