Maduro descarta reabrir fronteira com a Colômbia sem a paz se restabeleça
Caracas, 22 ago (EFE).- O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, descartou neste sábado que possa dar marcha ré e anular sua ordem de fechar a fronteira com a Colômbia em um trecho usado por contrabandistas e paramilitares e anunciou que a reabrirá só quando a paz se restabelecer no lugar.
Na reunião que manterão na próxima quarta-feira as chanceleres da Colômbia, María Ángela Holguín, e Venezuela, Delcy Rodríguez, para analisar a situação, “vamos levar uma agenda” nesse sentido, disse Maduro em um ato com operários petroleiros de seu país.
Será uma agenda, insistiu, para “restabelecer a normalidade, a paz e a legalidade na fronteira e até que não se restabeleça eu não vou reabrir essa fronteira. Até que não se restabeleça e deixem o ataque desde a Colômbia contra nossa economia seguirá fechada”, insistiu.
No marco de medidas adotadas recentemente contra a insegurança e o contrabando, consta o fechamento desde esta semana e por tempo indefinido de um trecho de cerca de 100 quilômetros da fronteira com a Colômbia de mais de 2,2 mil quilômetros.
Maduro justificou a medida por uma emboscada que na quarta-feira deixou três soldados e um civil feridos, e a uma persistente fuga de alimentos, remédios e combustíveis, que são contrabandeados à Colômbia desabastecendo a Venezuela, e também para encarar o crime organizado e o paramilitarismo colombiano, sustentou.
O presidente venezuelano expressou seu desejo que após a reunião das chanceleres possa fazer o mesmo com Santos.
Maduro voltou hoje a envolver o antecessor de Santos, Álvaro Uribe (2002-2010), de um “guerra econômica” ao acusar de ter se aliado aos opositores venezuelanos contra si.
Além do contrabando de produtos alimentícios, medicinais e combustíveis, Maduro denunciou que agora “estão levando até o papel-moeda” para deixar a Venezuela sem dinheiro circulante.
“Um bilhete de 50 bolívares vale 150 e 200 bolívares. É uma guerra econômica aberta e é dirigida por Álvaro Uribe Vélez com os paramilitares”, ressaltou após condenar que alguns de seus opositores nacionais estejam aliados com “a direita internacional”. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.