Maduro descarta reabrir fronteira com a Colômbia sem a paz se restabeleça

  • Por Efe
  • 22/08/2015 19h42
CAR14 CARACAS (VENEZUELA) 21/8/2015 - Fotografía cedida por prensa de Miraflores donde se observa al presidente de Venezuela, Nicolás Maduro (d), quien sostiene una reunión en el palacio presidencial con parte de su gabinete de gobierno hoy, viernes 21 de agosto del 2015, en Caracas (Venezuela). Maduro decretó el estado de excepción en la zona fronteriza con Colombia del estado Táchira por 60 días prorrogables por otros 60 más para "restablecer el orden, la paz, la tranquilidad, la justicia" en la zona. EFE /MIRAFLORES / SOLO USO EDITORIAL / NO VENTAS Efe nicolas maduro

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, descartou neste sábado (22) que possa dar marcha ré e anular sua ordem de fechar a fronteira com a Colômbia em um trecho usado por contrabandistas e paramilitares. O político anunciou ainda que a reabrirá só quando a paz se restabelecer naquela região. 

Haverá uma reunião para debater o assunto na próxima quarta-feira (26) com as chanceleres da Colômbia, María Ángela Holguín, e Venezuela, Delcy Rodríguez. “Vamos levar uma agenda” nesse sentido, disse Maduro em um ato com operários petroleiros de seu país.

Será uma agenda, insistiu, para “restabelecer a normalidade, a paz e a legalidade na fronteira e até que não se restabeleça eu não vou reabrir essa fronteira”, falou. “Até que não se restabeleça e deixem o ataque desde a Colômbia contra nossa economia seguirá fechada”, insistiu.

No marco de medidas adotadas recentemente contra a insegurança e o contrabando, consta o fechamento desde esta semana e por tempo indefinido de um trecho de cerca de 100 quilômetros da fronteira com a Colômbia de mais de 2,2 mil quilômetros.

Maduro justificou a medida por uma emboscada que na última semana deixou três soldados e um civil feridos. Além de uma persistente fuga de alimentos, remédios e combustíveis, que são contrabandeados à Colômbia desabastecendo a Venezuela, e também para encarar o crime organizado e o paramilitarismo colombiano, sustentou.

O presidente venezuelano expressou seu desejo que após a reunião das chanceleres possa fazer o mesmo com o presidente do país vizinho, Juan Manuel Santos. Maduro voltou, inclusive,  a citar o antecessor de Santos, Álvaro Uribe (2002-2010), como responsável por uma “guerra econômica” ao acusar o político de ter se aliado aos opositores venezuelanos.

Além do contrabando de produtos alimentícios, medicinais e combustíveis, Maduro denunciou que agora “estão levando até o papel-moeda” para deixar a Venezuela sem dinheiro circulante. “Um bilhete de 50 bolívares vale 150 e 200 bolívares. É uma guerra econômica aberta e é dirigida por Álvaro Uribe Vélez com os paramilitares”, ressaltou após condenar que alguns de seus opositores nacionais estejam aliados com “a direita internacional”

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.