Maduro diz que Cartes confirmou participação na Cúpula do Mercosul em Caracas

  • Por Agencia EFE
  • 07/01/2014 21h19

Caracas, 7 jan (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira que o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, confirmou que participará da Cúpula do Mercosul, que acontecerá dia 31 em Caracas, o que significará a normalização definitiva dentro do bloco.

“Hoje pela manhã conversei com o presidente Horacio Cartes, do Paraguai. Ele confirmou sua vinda à Cúpula do Mercosul em Caracas, em 31 de janeiro “, disse Maduro ao canal estatal “VTV” após se despedir do chefe de Estado da Bolívia, Evo Morales, que realizou uma breve visita à Venezuela.

Maduro comentou que durante a conversa agradeceu novamente a Cartes as gestões que fez para normalizar as relações entre Venezuela e Paraguai no fim do ano passado, após a crise aberta pela controvertida cassação de Fernando Lugo em meados de 2012 e a entrada da Venezuela no bloco durante a suspensão paraguaia.

O Congresso paraguaio aprovou em 18 de dezembro o trâmite de ingresso da Venezuela ao Mercosul, que mantinha congelado desde 2006, apesar do resto dos países-membros: Argentina, Brasil e Uruguai já o terem ratificado antes.

Maduro celebrou então a decisão do Congresso do Paraguai dizendo que este processo de “regularização de relações” aprofundará a cooperação entre os países.

A Venezuela, que tem a presidência rotativa do Mercosul, ingressou no bloco sul-americano em junho do 2012 no meio da crise institucional provocada no Paraguai em consequência do julgamento político de Fernando Lugo.

O Mercosul, da mesma forma que a União de Nações Sul-americanas (Unasul), suspendeu temporariamente o Paraguai, o que permitiu à Venezuela ingressar no bloco.

O bloco do Cone Sul da América deu por superada a crise institucional com o Paraguai com a chegada de Cartes, democraticamente eleito, ao poder em 15 de agosto, e derrubou a suspensão contra o governo de Assunção.

No entanto, Cartes rejeitou o retorno do Paraguai ao Mercosul até que se resolvesse a situação “jurídica” surgida com a entrada da Venezuela sem o respaldo do Congresso guarani. EFE

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