Maduro diz que Cuba e Venezuela nunca mais poderão se separar
Caracas, 8 jan (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebrou nesta quarta-feira o 55º aniversário da revolução cubana garantindo que seu país e Cuba “mais nunca” poderão se separar e, pelo contrário, devem continuar aprofundando sua cooperação econômica.
“Temos muito orgulho de caminharmos juntos com Cuba como irmãos, irmãos de verdade. Chegou o tempo da irmandade, da união, mais nunca podemos nos separar, nunca mais, e que reclamem aqueles que têm que reclamar”, disse Maduro durante um evento em Caracas para comemorar o aniversário do triunfo da revolução.
Maduro destacou a amizade entre o líder cubano Fidel Castro e o falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, afirmando que os dois “conseguiram construir uma relação inédita, histórica, que vai transcender no tempo”.
No entanto, Maduro ressaltou que “ainda falta muito para consolidar uma relação profunda, como queria o comandante Chávez, no âmbito econômico”.
“Devemos aprofundar as relações econômicas de produção conjuntas, de desenvolvimento econômico conjunto, de desenvolvimento tecnológico conjunto, dos investimentos conjuntos”, acrescentou o presidente venezuelano.
Nesse sentido, também declarou que “o grande desafio histórico para consolidar a união da América e para consolidar esta nova etapa de independência está no campo econômico”.
Maduro destacou que, aproveitando a Cúpula de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) nos próximos dias 28 e 29 de janeiro em Havana, vai acontecer a 14ª Comissão Mista Cuba-Venezuela, na qual serão revisados todos esses temas e serão assinados novos projetos de cooperação no campo econômico, científico, cultural e energético.
Maduro também disse que a Venezuela deve reconhecer a solidariedade “profunda, verdadeira, autêntica” de Cuba, ao destacar as diferentes missões e programas de cooperação do país caribenho que mantêm ao redor de 45 mil técnicos cubanos no país sul-americano.
O presidente venezuelano destacou a resistência cubana frente ao bloqueio econômico americano e suas reiteradas vitórias na Assembleia Geral das Nações Unidas com a aprovação, por maioria arrasadora, das declarações que anualmente rejeitam essa política.
Cuba celebrou no dia 1º de janeiro o 55º aniversário do triunfo da revolução liderada por Fidel Castro contra a ditadura de Fulgencio Batista. EFE
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