Maduro diz que “direita venezuelana” queimou 15 universidades

  • Por Agencia EFE
  • 22/03/2014 21h03
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Caracas, 22 mar (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste sábado que “a direita venezuelana” derivou em posições “extremistas” e “neofacistas” e que no marco dos protestos que são realizados contra sua gestão foram queimadas 15 univesidades.

“Que ninguém fique em dúvida, não estamos exagerando. Não só queimaram a Unefa (Universidade Experimental da Força Armada) de San Cristóbal, queimaram 15 universidades ou recintos universitários no país e hoje denuncio perante o mundo. Na Venezuela há um golpe de estado contra o povo”, disse Maduro.

O presidente ofereceu um discurso após uma manifestação de estudantes universitários que foi convocada pelo Governo em Caracas para repudiar os atos de vandalismo e os destroços que deixaram os protestos que ocorrem no país desde 12 de fevereiro e assinalou que só seu governo garante a educação pública.

Maduro afirmou que “a direita venezuelana derivou rumo posições extremistas, neofascista” e se perguntou o que seria da Venezuela se “estes grupos de direita” chegassem ao poder.

O presidente indicou que a Procuradoria e a Corte Suprema de Justiça ordenaram ao governo central “capturar o chefe dos grupos terroristas em San Cristóbal” e que “imediatamente” deu a ordem de fazer, em referência ao prefeito desse município, Daniel Ceballos, detido na quarta-feira em Caracas.

“Já é grave levantar barricadas, romper esgotos, queimar lixo, atacar vizinhos, já é muito grave disparar com franco-atiradores e matar cidadãos, matar guardas nacionais, isso já é grave, mas ter queimado uma universidade pública…”, comentou.

Maduro reiterou no entanto que as portas do palácio presidencial de Miraflores estão abertas para o “diálogo nacional pela paz” com a oposição após apontar que os que promovem a violência é “uma minoria dentro da minoria” que representam menos de 10% da população.

A Venezuela vive uma onda de protestos desde no último dia 12 de fevereiro contra o governo de Nicolás Maduro que deixou um saldo oficial de 31 mortos, mais de 450 feridos e quase dois mil detidos, 121 deles ainda na prisão. EFE

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