Maduro diz que economia será a tarefa principal de seu 2º ano de mandato

  • Por Agencia EFE
  • 22/04/2014 01h05
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Caracas, 21 abr (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu nesta segunda-feira que a tarefa principal de seu segundo ano de governo será trabalhar para o crescimento econômico e convocou à população a participar de uma nova ofensiva que será lançada amanhã para elevar a produção, acabar com a escassez e controlar os preços.

“A tarefa principal deste segundo ano é o trabalho pelo crescimento econômico, o desenvolvimento econômico real, a prosperidade econômica. Não se pode divorciar desenvolvimento, crescimento e prosperidade, é o conceito socialista”, disse o líder aos jornalistas após uma reunião com o chanceler chinês, Wang Yi.

Maduro acrescentou que a nova ofensiva, a segunda em pouco mais de seis meses, busca reativar o aparelho produtivo para “destravar todos os mecanismos induzidos, criados, que existem, que impedem a produção no país”.

“Amanhã vamos explicar o plano detalhadamente: iniciar os motores produtivos do país em seu nível máximo”, disse Maduro.

O presidente afirmou que a nova ofensiva também pretende “terminar de desmontar os mecanismos da guerra econômica que impedem a chegada dos produtos à população”, garantindo que continua confiscando e encontrando reservas estocadas.

“O terceiro objetivo é o preço justo porque alguns artigos e textos suscitaram a loucura, novamente a loucura do capitalismo especulador e parasita”, disse.

Maduro sugeriu a criação de uma nova cultura de trabalho produtivo, “uma nova cultura da economia, uma nova cultura da prosperidade”.

“Temos 100 anos, 100 anos de parasitismo rentista petroleiro, temos que romper com isso definitivamente”, acrescentou.

Nesse sentido, o líder venezuelano pediu que os trabalhadores, os empresários “nacionalistas” e todos os setores se unam nesta nova iniciativa no campo econômico e se afastem dos grupos violentos.

“Convoco para o trabalho, para o diálogo, para a paz, para que continuemos isolando os grupos violentos”, disse, ao comentar que alguns encapuzados queimaram o ônibus de um trabalhador hoje em San Cristóbal, no oeste do país, e afirmou que o homem atacado receberá um novo veículo.

“Eu peço à maioria dos venezuelanos que isolemos aqueles que acreditam que o futuro do país será construído pelo caminho da violência, que os derrotemos, com coragem, que ninguém tenha medo de condenar os violentos”, disse.

“Porque não vamos ter medo na hora de capturá-los e puni-los”, acrescentou.

Maduro afirma ser alvo de um golpe de Estado contínuo e de uma “guerra econômica” que pretende desestabilizar seu governo.

A Venezuela vive há dois meses uma onda de protestos contra o Executivo que, em alguns casos, acabaram em incidentes de violência com um saldo de 41 mortos e centenas de feridos. EFE

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