Maduro diz que há campanha “de ódio” contra Correa no Equador

  • Por Agencia EFE
  • 13/06/2015 21h06

Caracas, 13 jun (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou neste sábado que no Equador há uma campanha “de ódio” contra seu governante, Rafael Correa, que tem como objetivo derrubá-lo e “justificar um magnicídio”, e afirmou que alertou sobre isto aos membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

“Ele (Correa) aprovou uma lei, são assuntos internos do Equador, mas começou toda uma campanha, quase para justificar um magnicídio contra o presidente Correa, uma campanha criminosa contra o presidente Correa, de ódio, de promover a intolerância, de promover a violência”, disse Maduro durante um ato cultural em Caracas.

O líder venezuelano afirmou que contra o governo do Equador há uma conspiração em desenvolvimento e que a Venezuela já alertou os países que formam a Unasul e a seu secretário-geral, Ernesto Samper, sobre isso.

“Há em andamento um processo de desestabilização de semeadura de ódio, de busca da violência para tentar desestabilizar o Equador e derrubar o presidente Rafael Correa”, acrescentou.

Maduro informou que “nestes dias” conversou por telefone com o colega equatoriano para expressar solidariedade e assegurou que esta mesma situação de desestabilização foi sofrida pela “revolução bolivariana” que hoje lidera há muitos anos.

Correa admitiu que a situação em seu país, pelos constantes protestos da oposição, é “bastante grave” porque há grupos contrários com ânimo para desestabilizar sua administração com protestos que geraram incidentes de violência.

Os protestos de oposição criticam principalmente propostas de reformas legais à herança impulsionadas pelo Executivo, normas as manifestações governistas defendem.

Segundo Correa, os grupos poderosos do continente que se opõem a governos progressistas como o seu tentam desestabilizá-los através do que chamou de “golpe brando”, que começa com o “aquecimento das ruas”.

De acordo com o presidente, essa “é uma estratégia parecida com a que fazem contra a Venezuela”, mas deixou claro que em seu país “não passarão”, devido ao grande apoio popular de seu governo. EFE

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