Maduro diz que líder opositor Leopoldo López “tem que pagar e vai pagar”

  • Por Agencia EFE
  • 23/07/2014 22h02
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Caracas, 23 jul (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira que o líder opositor Leopoldo López “tem que pagar e vai pagar” pelos crimes dos quais é acusado pelo Ministério Público, relacionados aos confrontos que aconteceram nas manifestações de 12 de fevereiro em Caracas, no julgamento que começou hoje.

“Tem que pagar perante a justiça e vai pagar perante a justiça. Tem que pagar e vai pagar, simples assim. Ele causou muito prejuízo a este país, e que se faça a justiça em seu próprio caminho, com seus próprios métodos”, afirmou Maduro em entrevista coletiva.

Maduro, que rotulou López de líder da “extrema-direita” venezuelana, disse que ele é “responsável por crimes, violência, destruição de vidas humanas, planejadas por ele”.

“Vocês sabem que é uma peça dos gringos na Venezuela. Não de agora, mas desde muito jovem é uma peça e tem toda essa visão messiânica, de que nasceu para ser líder, presidente da Venezuela”, assegurou.

“Ele (López) ia nascer em Nova York e o trouxeram para nascer em Caracas porque tinha que ser presidente da Venezuela. É uma visão messiânica meio louca da oligarquia envenena as pessoas e as enlouquecem”, criticou o chefe do executivo venezuelano.

O julgamento de López, acusado de ter planejado os atos de violência ocorridos em 12 de fevereiro após uma manifestação considerada o estopim para os protestos contra o governo começou hoje no meio das queixas de seus advogados pelo desamparo com que alegam enfrentar o processo.

O líder do partido Vontade Popular é acusado de instigação pública, formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio.

Em 12 de fevereiro uma manifestação contra o governo convocada por López se juntou com outra estudantil e em algum momento várias pessoas encapuzadas atacaram a sede da promotoria e vários veículos policiais.

O dia terminou com três mortes e dezenas de pessoas feridas e presas, e deu iniciou a uma onda de protestos na Venezuela, já terminadas, que deixaram 43 mortos e centenas de feridos. EFE

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