Maduro diz que Uribe está em fronteira para “coordenar assassinatos”

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2015 23h58
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Caracas, 21 ago (EFE).- O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira que o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) chegou nesta sexta-feira ao departamento de Arauca, na fronteira com o estado venezuelano de Apure (oeste), para “coordenar assassinatos” e “crimes” contra a Venezuela.

“Aqui está o cínico, o rei dos falsos positivos e dos massacres na Colômbia, Álvaro Uribe Vélez, anunciando que está no Arauca, cuidado. Atenção em Apure, quando Uribe Vélez for à fronteira irá coordenar assassinatos, crimes contra a Venezuela, assim o denuncio”, disse no palácio presidencial em Caracas.

Maduro acusou Uribe diversas vezes de estar por trás de planos desestabilizadores contra seu governo. As declarações do líder venezuelano foram transmitidas pela televisão estatal “VTV”, nas quais disse que a justiça chegará a Uribe, que chegou para apoiar um ato de campanha eleitoral na cidade de Puerto Carreño, de olho nas eleições regionais colombianas de 25 de outubro.

Uribe usou o Twitter nesta sexta-feira para acusar Maduro de emprestar o território de fronteira do Arauca ao terrorismo, “para extorquir os cidadãos que vivem” no lado colombiano.

O senador colombiano definiu o chefe do Executivo venezuelano na quinta-feira como “um fracassado em apuros”, logo após o fechamento da fronteira comum na quarta-feira passada e depois das declarações do presidente venezuelano sobre a imigração colombiana ao país.

Maduro anunciou na quarta-feira o fechamento da fronteira com a Colômbia por 72 horas depois que três militares venezuelanos e um civil ficaram feridos em um confronto com supostos contrabandistas, segundo o governo.

Em discurso na mesma quarta-feira, Maduro falou sobre os problemas de fronteira e afirmou que seu país está chegando “ao limite” para poder suportar a imigração em massa de colombianos, o que comparou ao êxodo de africanos e asiáticos rumo à Europa.

Maduro declarou nesta sexta-feira que não é “anticolombiano” e que respeita o povo do país vizinho. EFE

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