Maduro louva resposta de Kerry sobre melhora de relações

  • Por Agencia EFE
  • 27/02/2014 01h03

Caracas, 26 fev (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, louvou nesta quarta-feira a resposta que o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, deu à proposta de aproximação entre os dois governos que o chefe de Estado sul-americano fez na última sexta-feira.

“Os senhores sabem, fiz várias propostas ao governo dos Estados Unidos, eu agradeço aqui hoje a resposta do secretário de Estado John Kerry”, disse Maduro durante um evento no palácio presidencial de Miraflores.

Kerry reagiu nesta quarta-feira ao anúncio da Venezuela de propor Maximilien Sánchez Arveláiz como embaixador nos EUA garantindo que seu país quer normalizar as relações com a Venezuela, mas que não vai “ficar calado enquanto é culpado de coisas que nunca fez”, em alusão às acusações do governo de Nicolás Maduro.

O presidente venezuelano assinalou que, além da nomeação diplomática, decidiu formar uma “pequena comissão especial”, que contará com a colaboração do presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), o governista Diosdado Cabello, para acelerar os trâmites e que espera que os Estados Unidos sigam esse exemplo.

“Eu proponho uma nova era, uma nova etapa nas relações com os Estados Unidos e vamos em busca dessa nova era sem nenhum tipo de complexo, com tranquilidade”, garantiu.

Venezuela e Estados Unidos retiraram seus embaixadores em 2010 e desde então as duas missões diplomáticas foram perdendo representação devido às crescentes tensões bilaterais.

O último caso aconteceu na semana passada, quando a Venezuela expulsou três funcionários da embaixada americana acusados pelo governo de Maduro de instigar os protestos no país sul-americano, uma atitude que foi respondida ontem por Washington com a expulsão de três diplomatas venezuelanos.

A Venezuela está imersa em uma onda de protestos contra o governo de Maduro desde o dia 12 de fevereiro, quando uma manifestação pacífica em Caracas terminou com incidentes violentos e Caracas acusou, entre outros, o governo dos EUA de envolvimento com os mesmos. EFE

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